sexta-feira, 5 de junho de 2020

Terroristas

Acuado diante da insatisfação crescente com o seu governo, o presidente Jair Bolsonaro segue disparando a sua metralhadora verbal. Diante das manifestações de grupos antifascistas que resolveram enfrentar seus fanáticos apoiadores, Bolsonaro tachou-os de "terroristas". Na sua ótica muito particular, fazer manifestações em favor do fechamento do Congresso e do Supremo Tribunal Federal é exercício da liberdade de expressão. Se os protestos, no entanto, forem pela democracia e contra o fascismo, Bolsonaro os considera como terrorismo. Ao mesmo tempo que vocifera contra supostos terroristas, Bolsonaro anuncia que irá facilitar a importação de armas. O ex-capitão também disse que os antifascistas são "marginais, desocupados e maconheiros" que nunca trabalharam na vida para ganhar o pão de cada dia. Esse é outro aspecto curioso do modo de pensar de Bolsonaro. Sua ênfase nos que trabalham para poder viver é constante, mas Bolsonaro e seus filhos representam um exemplo clássico de vagabundagem e desapreço ao trabalho. Expulso do Exército aos 33 anos, Bolsonaro, desde então, desenvolveu uma carreira parlamentar marcada pela improdutividade e inexpressividade. Os filhos seguiram o caminho do pai, e buscaram cargos eletivos, para ganhar bem sem produzir nada de relevante no âmbito legislativo. Ter de ouvir a torrente de asneiras ditas por Bolsonaro é um castigo que o país não merece. O Brasil precisa se livrar desse estorvo, com a deposição de Bolsonaro.