sábado, 18 de fevereiro de 2017

Os cem anos de uma revolução que mudou o mundo

Há cem anos, na data de hoje, tinha início a revolução bolchevique. Seus efeitos se fariam sentir pelas sete décadas seguintes. Não cabe, no seu centenário, analisar os meandros de sua trajetória, seus erros e acertos. O que deve ser destacado é o ideal que moveu a eclosão do movimento. O que se buscava era um mundo com mais justiça e paz. A União Soviética legou para a história um país sem desemprego, sem a miséria tão presente nos tempos do império, educação e saúde gratuitas para toda a população, ausência de inflação. O fim da Revolução Russa não significa a morte dos ideais que lhes inspiraram. O humanismo e igualitarismo que caracterizaram os seus primeiros tempos são aspirações permanentes dos povos. Num momento em que o mundo se depara com a prevalência de ideias retrógradas e injustiças crescentes contra os menos favorecidos, os ideais humanistas mostram-se mais atuais e necessários do que nunca. Enganam-se os que pensam que o fim da União Soviética representou o triunfo definitivo do capitalismo. O sonho de se construir um mundo humano e fraterno é atemporal, e seguirá sendo acalentado em contraponto à desigualdade perversa do capitalismo.