quinta-feira, 11 de agosto de 2011

Popularidade

Uma pesquisa realizada pelo Ibope, sob encomenda da Confederação Nacional da Indústria (CNI) , divulgada ontem, aponta uma queda na popularidade da presidente Dilma Roussef. Em relação à pesquisa anterior, realizada em março, houve uma diminuição da aprovação pessoal da presidente de 76 % para 67%. No mesmo período, a avaliação positiva do governo caiu de 56% para 48%. Uma das razões apontadas para a queda nos índices de aprovação da presidente, e de seu governo, é o estilo centralizador de Dilma, que não não proporciona uma interlocução maior com a população. Particularmente, não acho que tais números devam causar preocupação. Sabia-se, desde o início, que Dilma não repetiria os índices de popularidade do ex-presidente Luís Inácio Lula da Silva que, de resto, não foram alcançados por nenhum outro ocupante do cargo. Mesmo com a redução observada, os índices de aprovação de Dilma ainda são muito bons. A popularidade é algo que ajuda, sem dúvida, mas não é determinante para se fazer um bom governo. Um governante tem de estar mais preocupado em fazer o melhor posssível como administrador do que em ser reverenciado pelas multidões. Dilma é bem mais retraída que Lula no trato pessoal, prefere os gabinetes aos espaços públicos, tem um estilo duro e decidido de administrar. Essas características não colaboram para que seja muito popular. Porém, a maneira resoluta como vem enfrentando as denúncias de corrupção em seu governo, mostram que a presidente não é leniente com tais situações, promovendo uma "faxina" em vários escalões, mesmo que ao preço de contrariar aliados políticos. Os números revelados pela pesquisa, embora sinalizando uma queda na aprovação de Dilma, ainda lhe dão amplo respaldo para governar com tranquilidade.