terça-feira, 20 de janeiro de 2015

Triste repetição

O Grêmio fazia uma boa campanha na Copa São Paulo de Futebol Júnior, mas, mais uma vez, ao perder por 2 x 1 para o Botafogo, de Ribeirão Preto (SP), foi eliminado numa fase intermediária da competição. Uma triste repetição do desempenho histórico do clube na mais importante competição de futebol júnior do Brasil. A melhor campanha do Grêmio numa Copa São Paulo foi no já distante ano de 1991, quando obteve o vice-campeonato, com um time que tinha, entre outros, Darnlei e Róger. Uma campanha digna, mas empanada pela goleada sofrida para a Portuguesa, de Dener, Pereira, Tico e Sinval, na decisão, por 4 x 1. Porém, o mais constrangedor é saber que um clube do porte do Grêmio jamais foi campeão dessa disputa. Seu maior rival, o Inter, já ganhou-a por quatro vezes, o Fluminense venceu-a em cinco oportunidades. O Corinthians, recordista de títulos da chamada "Copinha", foi campeão oito vezes e vice em mais sete oportunidades. Enquanto isso, o Grêmio chegou à decisão uma única vez, e foi derrotado. Esse retrospecto não é condizente com a grandeza de um clube como o Grêmio. Não é por obra do acaso, no entanto, que isso acontece. Em todas as competições de categorias inferiores, o Grêmio apresenta um rendimento inferior ao do Inter, por exemplo, o que se explica por uma diferença de mentalidade entre os dois clubes. Enquanto o Inter privilegia a busca da vitória desde as escolinhas de futebol, o Grêmio cultiva a ideia de que, nas categorias inferiores, o importante é revelar jogadores, não ganhar títulos, como se fossem situações excludentes. Com isso, o Inter forma jogadores vencedores desde a mais tenra idade, e o Grêmio faz os seus se acostumarem com as derrotas. Uma filosofia de futebol lamentável, e que teima em não mudar. Para um clube que vive um jejum de títulos tão grande, é um fato desolador.