O discurso de um estadista

Hoje, na abertura da Assembleia Geral da ONU, o presidente Luís Inácio Lula da Silva fez um pronunciamento de 21 minutos de duração. Foi o discurso de um estadista. Lula foi aplaudido em sete oportunidades durante sua fala. Ao afirmar que "o Brasil está de volta" e em processo de reconstrução, quando destacou a necessidade de redução das desigualdades sociais, na defesa de salários iguais para homens e mulheres, ao citar a redução do desmatamento na Amazônia já nos oito primeiros meses do seu governo, ao apontar o surgimento de aventureiros de extrema-direita como um subproduto do neoliberalismo, ao exaltar o respeito a liberdade de imprensa, e na crítica ao embargo dos Estados Unidos a Cuba. Durante seu discurso, Lula mostrou indignação com a fome, a pobreza, a guerra, e o desrespeito ao ser humano. Disse da necessidade de entendimento entre os países para evitar guerras como a que ocorre na Ucrânia, mas sem adotar o discurso anti-Rússia desejado por muitos. Foi um pronunciamento assertivo, soberano, altivo, independente, de quem não se curva às pressões dos que são acumpliciados com a direita. Cada vez mais, Lula valoriza a imagem do Brasil no exterior, tão vilipendiada pelo caótico governo que antecedeu ao seu.