sábado, 7 de junho de 2014

Morte precoce

A morte de Fernandão caiu com uma bomba sobre os gaúchos, assim que eles acordaram, no dia de hoje. Ídolo do Inter, onde foi o capitão na conquista dos títulos da Libertadores e do Mundial de Clubes, em 2006, e que, mais tarde, foi gerente de futebol e técnico do clube, ainda que sem o mesmo êxito, Fernandão marcou sua passagem pelo Rio Grande do Sul de forma indelével. Uma morte precoce, com apenas 36 anos. Fernandão foi contratado, há pouco tempo, pelo Sportv, e seria um dos seus comentaristas na Copa do Mundo. Educado, articulado, Fernandão exibia um padrão diferenciado da maioria dos jogadores. Tornou-se ídolo do Inter sem despertar o ódio dos adversários devido ao seu comportamento elegante. Seu falecimento pegou a todos de surpresa, e espalhou tristeza em todo o Estado. Uma demonstração do caráter de Fernandão se deu quando ele rompeu um contrato com o São Paulo, pelo qual recebia um salário polpudo, por perceber que suas condições físicas não lhe permitiam ter a devida continuidade de atuações pelo clube. Adorava voar de helicóptero, e, ironicamente, morreu num acidente com esse tipo de aeronave. As manifestações  dos colorados desde a divulgação da sua morte dão a dimensão do tamanho da idolatria da torcida por ele. Um bom jogador, um líder, um grande homem. Fernandão deixou a sua marca. Uma vida breve, mas exitosa.