segunda-feira, 16 de novembro de 2015

A continuidade da apologia ao golpe

A revista "Veja", principal representante do neoliberalismo na imprensa brasileira, não desiste da apologia ao golpe, tentando, de todas as formas, fomentar a ideia do impeachment da presidente Dilma Rousseff. Se antes vislumbrava a hipótese de uma queda total do governo, com o PSDB assumindo o poder, a revista, em sua edição dessa semana, passou, agora, a apoiar a queda de Dilma, tão somente, com o vice-presidente Michel Temer (PMDB), entrando em seu lugar. O que alimenta o entusiasmo de "Veja" com essa possibilidade é o documento "Uma ponte para o futuro", elaborado pela Fundação Ulysses Guimarães, do PMDB, que faz críticas ao governo e propõe medidas que soam como música aos ouvidos dos demófobos, como privatizar estatais e flexibilizar leis trabalhistas. A luta da revista é tão incansável quanto inócua. Durante todo o período em que o PT está no poder, "Veja" tentou derrubar o governo. Para isso, afora a sua linguagem carregada de antiesquerdismo, apelou para a denúncia de escândalos, sempre caracterizados como "os maiores da história do país". Não obteve êxito. A nova tentativa, por certo, será, mais uma vez, infrutífera. A prova disso esteve, ontem, nas diversas "manifestações populares" em favor do impeachment, realizadas em várias capitais do país. Em todas elas, a presença de público foi baixíssima. Enquanto isso, no Rio de Janeiro, a Parada Gay teve a participação de 500 mil pessoas. O governo não vai cair, para desconsolo de "Veja" e dos demais golpistas.