segunda-feira, 9 de novembro de 2015

Um clube igual aos outros

O São Paulo era um clube diferenciado dentro da estrutura caótica do futebol brasileiro. Sério, estruturado, organizado, responsável. Suas crises, raras por sinal, logo eram debeladas, e não deixavam sequelas. Não é mais assim. A surpreendente demissão, hoje anunciada, do técnico Doriva, que estava há um mês no cargo, demonstra que o São Paulo, agora, é um clube igual aos outros, isto é, age sem planejamento e convicção. Doriva foi contratado por um presidente que, depois de fazer a sua apresentação oficial como novo técnico do clube, renunciou ao cargo em meio a denúncias que mancharam sua administração. Portanto, começou seu trabalho sem respaldo. Seu futuro, é claro, não era nada promissor. Porém, demitir um técnico faltando apenas quatro rodadas para o término do Campeonato Brasileiro, com o São Paulo com grandes chances de classificação para a Libertadores, é algo de difícil compreensão. Durante todo o ano, o São Paulo foi um clube envolto em turbulências, sem um ambiente tranquilo para que um bom trabalho fosse desenvolvido. Ainda assim, a boa qualidade média do seu grupo de jogadores e a grandeza que lhe é inerente mantiveram o São Paulo em condição de competir com os demais. No entanto, para todos aqueles que aprenderam  a admirar o São Paulo por sua estrutura modelar, é uma decepção constatar que essa condição pertence ao passado.