terça-feira, 7 de março de 2023

Velhas picuinhas

Nada mudou na postura da chamada grande imprensa no atual governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva em relação aos seus dois mandatos anteriores. As velhas picuinhas de sempre continuam presentes. Pretensos deslizes éticos de ministros são alardeados, como forma de alegar que Lula é conivente com a corrupção em troca da governabilidade. As críticas à política externa também são permanentes. Cobra-se que o Brasil repudie os governos de Nicoĺás Maduro, na Venezuela, e Daniel Ortega, na Nicarágua. Desejam que o governo Lula, sabidamente à esquerda no plano ideológico, adote a sua visão de mundo. Lula nunca negou sua simpatia pelos governos de esquerda, o que é uma obviedade. Afora isso, é preciso respeitar a soberania e a autodeterminação dos povos. Em seus governos, Lula mostrou-se, permanentemente, compromissado com a democracia. Seu bom relacionamento com governantes como Maduro e Ortega em nada reflete-se no seu modo de administrar o Brasil. A imprensa brasileira acha-se no direito de ditar qual deve ser a política externa do país. Essa postura é risível. O presidente tem todo o direito de orientar a política externa do seu governo de acordo com suas convicções. A ideia de que isso traz prejuízos ao país é apenas ranço ideológico de direita. Na falta de fatos concretos para criticar, a imprensa apela para as eternas picuinhas. Nada que abale um governo democrático e pluralista, que tem componentes tão representativos e diversos como Geraldo Alckmin, Marina Silva, Sônia Guajajara, Fernando Haddad, Simone Tebet, entre outros.