segunda-feira, 14 de junho de 2021

Pouca qualidade

As duas maiores competições continentais de seleções, Eurocopa e Copa América, estão sendo realizadas de forma concomitante. Embora ambas as disputas estejam no desenrolar de sua primeira rodada, já se pode dizer que a pouca qualidade dos jogos é um dado que se faz notar. Hoje, por exemplo, a renovada seleção da Espanha ficou apenas no empate em 0 x 0 com a não mais que esforçada Suécia, em Sevilha. A Argentina, embora com um golaço de falta marcado por Messi, empatou, no Engenhão, em 1 x 1 com o Chile, para o qual perdeu duas decisões de Copa América consecutivas, em 2015 e 2016. A Seleção Brasileira abriu a Copa América, ontem, goleando uma desfalcada Venezuela por 3 x 0, no Mané Garrincha,sem brilhar. Nos outros jogos da rodada, a Colômbia venceu, ontem, na Arena Pantanal,o Equador por 1 x 0, com um gol de bela jogada coletiva, num enfrentamento ajustado. Hoje, num jogo de equipes fracas, no Estádio Olímpico de Goiânia, o Paraguai venceu a Bolívia, de virada, por 3 x 1. Chama a atenção que, pelo que se vê também nas Eliminatórias, o Brasil sobra em relação aos seus adversários sul-americanos, inclusive Argentina e Paraguai. A falta de surgimento de novos talentos talvez seja uma explicação para isso. Embora sem revelar os mesmos jogadores exuberantes de outros tempos, o futebol brasileiro apresenta jovens de bom nível, como Vinícius Júnior, Éverton Cebolinha, Gérson, Richarlysson, entre outros, que lhe dão uma boa perspectiva de futuro. A Argentina de pouco dispõe afora Messi, que já está com 33 anos. O Uruguai centra suas expectativas nos veteranos atacantes Cavani e Luís Suarez. As demais seleções, igualmente, se apoiam em velhos e escassos ídolos. Na Europa, Itália e Holanda tentam renascer, depois de terem ficado, surpreendentemente, fora da Copa do Mundo de 2018, na Rússia. A Holanda sequer se classificou para a Eurocopa anterior, em 2016, na França. O jogo de amanhá entre França e Alemanha gera grande expectativa, mas é um confronto entre desiguais, pois enquanto a França, atual campeã mundial é uma equipe recheada de grandes valores, como Mbappé, Griezmann, Pogba, Benzema, a Alemanha vive o fim de um ciclo vitorioso, e até o seu técnico deixará o cargo após o fim da competição. Bélgica e Portugal são boas seleções, mas lhes falta peso histórico. O fato é que vive-se, hoje, no mundo, uma oferta massiva de jogos e competições, mas de escasso nível técnico.