quarta-feira, 11 de julho de 2012

A força do apito

O Palmeiras, ao empatar em 1 x 1 com o Coritiba, hoje à noite, no Couto Pereira, conquistou o título de campeão da Copa do Brasil. O fato será exaltado de todas as formas e o técnico do Palmeiras, Felipão, receberá reverências pela sua condição de multicampeão. Outros dirão que a camiseta pesou em favor do Palmeiras, como já teria ocorrido com o Vasco, em 2011, que disputou a decisão da Copa do Brasil com o mesmo Coritiba e também saiu-se vencedor. Ocorre que, não sendo torcedor de nenhum dos três clubes, nem tendo porque participar da bajulação que os meios de comunicação se obrigam a fazer em relação aos campeões de qualquer competição, sinto-me à vontade para dizer que, nas duas decisões, o Coritiba foi seriamente prejudicado por erros de arbitragem. Em 2011, faltou apenas um gol para que o Coritiba alcançasse o título, mas as falhas da arbitragem não permitiram que tal acontecesse. Contra o Palmeiras, o Coritiba foi prejudicado nos dois jogos. Na Arena Barueri, o Coritiba jogava bem melhor que o Palmeiras quando teve um pênalti inexistente marcado contra si, no final do primeiro tempo. No segundo tempo, um pênalti claro em favor do Coritiba não foi marcado. No jogo de hoje, quatro minutos após o Coritiba marcar um gol e transformar o estádio num caldeirão, o árbitro marcou uma falta inexistente, que redundou no gol de empate do Palmeiras e acabou com os chances do clube paranaense de buscar o título. O Palmeiras quebrou um jejum de grandes títulos que vinha desde 1999, quando foi campeão da Libertadores, competição para a qual se classificou com a conquista de hoje. Confirmou, assim, sua condição de segundo clube brasileiro que mais disputou o torneio sul-americano. Será sua 15ª participação, número só inferior ao do São Paulo, que já disputou 17 vezes a competição. Porém, ainda que tenha sido campeão da Copa do Brasil, o time do Palmeiras é fraquíssimo, e precisará de muitas contratações de jogadores de qualidade para fazer uma boa campanha na Libertadores. Afinal, nem sempre haverá um árbitro disposto a dar uma "mãozinha".