sábado, 13 de outubro de 2018

Duas faces da mesma moeda

O segundo turno da eleição para governador do Rio Grande do Sul é algo extremamente bizarro. Os "adversários" são duas faces da mesma moeda. O PSDB, partido de Eduardo Leite, foi da base aliada do atual governador e candidato a reeleição, José Ivo Sartori (MDB), até 2017. Ambos apoiam o candidato a presidente pelo PSL, Jair Bolsonaro, e defendem as privatizações como solução para os problemas financeiros do Estado. Essa é a condição dramática da eleição. Não há contraposição, é mais do mesmo. Cabe ao eleitor, apenas, escolher entre o ruim e o pior. Pelas ideias que eles partilham na área econômica, nada irá mudar para os cidadãos, que continuarão a sofrer com o arrocho salarial, o parcelamento nos pagamentos do funcionalismo público, a substituição da Previdência pública pela privada, a venda de patrimônio do Estado. Uma estranha opção do eleitorado pelo masoquismo, pois seja quem for o vencedor, sua vida irá piorar. Leite e Sartori não tem compromisso com os mais necessitados. Tanto um como outro opera em favor dos  grandes grupos econômicos. A Argentina de Maurício Macri está aí de exemplo para que se veja o quanto é desastroso o receituário neoliberal. Há um ditado que expressa que quem corre por gosto não cansa. No caso dos eleitores do Rio Grande do Sul, o cansaço chegará logo. Serão mais quatro anos de estagnação para o Estado.