sexta-feira, 29 de setembro de 2017

Separatismo

A Espanha, mais uma vez, se vê diante de uma iniciativa separatista por parte da Catalunha. Tentativas nesse sentido não são novidade no mundo, em qualquer tempo, e, por vezes, conseguem o seu intento, mas são resultado de uma visão míope e sectária. Salvo alguma situação muito singular, não há vantagem numa ação secessionista. O novo país independente surgido de uma proposição como essa terá, sempre, afora a óbvia redução da extensão territorial em relação à condição anterior, uma perda substancial de relevância geopolítica no contexto internacional. Em nome de pretensos valores de identidade coletiva, busca-se fragmentar o território de um país causando um duplo prejuízo. O primeiro, para o país que tem uma parte de si arrancada. O segundo, da própria localidade rebelde, que terá de arcar com o ônus de andar com as próprias pernas com uma população e recursos reduzidos no seu montante. Na prática, todos saem perdendo. No Brasil, há os que sonham fazer do Rio Grande do Sul um país independente. Outros propõem o mesmo para a Região Sul do país. A embalar tais propostas, estão visões segregacionistas e preconceituosas em que moradores de uma unidade federativa discriminam os de outras. Unidos, os povos sempre serão mais fortes. Deve-se fomentar a integração, e não a divisão. Separatismo é algo anacrônico, característico de mentes que pararam no tempo. Espero que, mais uma vez, a tentativa da Catalunha de se separar da Espanha seja frustrada, e sonho com o dia em que propostas como essa não mais existirão em nenhum lugar do mundo.