quarta-feira, 5 de janeiro de 2022

Ondas sucessivas

Após a descoberta das vacinas, a pandemia de coronavírus parecia controlada. Depois dos lockdowns e quarentenas de 2020, 2021 já foi um ano de descompressão, o que deu, para muitos, a ideia de que o ano que está começando seria o do desafogo, com a volta da normalidade. Não está sendo assim. Novos casos de covid-19, causados pela variante ômicron, se multiplicam no Brasil e pelo mundo. Não resta dúvida de que se está diante de uma nova onda da doença. No Brasil, a maioria dos municípios cancelou o Carnaval, do mesmo modo que havia ocorrido no ano anterior. A exceção é o Rio de Janeiro, que cancelou o carnaval de rua, mas manteve os desfiles no Sambódromo. Ainda assim, o público terá de fazer testes de covid e apresentar passaporte vacinal. O mais adequado seria que os desfiles também fossem cancelados, mas a relutância em tomar essa atitude, provavelmente, se deve ao enorme prejuízo que a não realização do Carnaval, um dos principais atrativos turísticos do Rio de Janeiro, causaria aos cofres da prefeitura. O fato é que a normalidade ainda está distante de ser atingida, e cuidados como uso de máscaras, álcool gel, lavagem constante das mãos e distanciamento social seguirão se fazendo necessários por muito tempo, bem como as vacinas, com novas doses de reforço. As ondas sucessivas de covid-19 afastam por tempo não sabido a retomada da rotina pré-pandemia.