quinta-feira, 26 de janeiro de 2017

Monstruosidades

A simples cogitação de que instituições como o Banrisul e a Corsan possam ser privatizadas é um descalabro. Essas privatizações, caso se efetivassem, se constituiriam em monstruosidades contra os interesses do Rio Grande do Sul. Embora o secretário da Fazenda, Giovani Feltes, negue, enfaticamente, a venda do Banrisul, dois membros do governo federal ilegítimo e golpista acenam com a possibilidade. O ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, disse que a privatização do banco estará na mesa da renegociação das dívidas do Rio Grande do Sul. No mesmo tom, o ministro-chefe da Casa Civil, Eliseu Padilha, declarou que o Banrisul é a "jóia da Coroa" do Estado, e que cabe ao governador José Ivo Sartori decidir pela sua venda ou não. Fiel ao seu estilo golpista e antipopular, Padilha finge desconhecer que o Banrisul só pode ter sua venda autorizada mediante a realização de um plebiscito. O mandato de governador, ainda que obtido nas urnas, não é um cheque em branco para que o ocupante do cargo aja do modo como quiser. Para tornar a situação ainda mais repugnante, os veículos da RBS, a maior rede de comunicação do Estado, historicamente atrelados ao ideário neoliberal, começam a estimular a hipótese da venda do banco. A privatização do Banrisul é, sob qualquer argumento, inaceitável. Para impedi-la, os gaúchos não podem medir esforços e, se preciso for, devem pegar em armas para defender a instituição. O mesmo vale para a venda da Corsan. Como pode se cogitar vender a companhia de abastecimento de água da população? A água é um direito de todos, não é um "produto". O governo Sartori está destruindo o Rio Grande do Sul, e permanecer complacente diante disso é inaceitável. O povo do Rio Grande do Sul precisa dar um basta nessa situação de qualquer maneira, até mesmo, partindo para a rebelião.