sexta-feira, 31 de outubro de 2025

O futebol como negócio

O tempo em que o futebol era, primordialmente, um esporte, ficou para trás. O futebol como negócio, em busca de grandes lucros, é o que prepondera, atualmente. Dirigentes que antes atuavam como "abnegados", exercendo cargos sem remuneração no clube do seu coração, agora tornam-se profissionais do mercado ou investidores de SAF's, as Sociedades Anônimas do Futebol. Dois integrantes da diretoria anterior do Flamengo são exemplos disso. O ex-vice-presidente de futebol, Marcos Braz, é o gerente-executivo do Remo, clube paraense que está prestes a subir para a Primeira Divisão. Rodolfo Landim, ex-presidente, é investidor da SAF que pretende assumir o controle do Confiança, de Sergipe. Antes mesmo dos dois, outros já haviam trilhado o mesmo caminho. Paulo Pelaipe e Rui Costa, que foram dirigentes não remunerados do Grêmio, hoje atuam como executivos de futebol do mercado, já tendo trabalhado em vários outros clubes. Por ter se tornado uma indústria milionária, que movimenta altas somas, o futebol é visto como uma mina de ouro até pelos que antes se dedicavam aos clubes apenas pela paixão. Todos querem a sua parte no tesouro. A emoção foi substituída pela cobiça.