sábado, 4 de março de 2023

Não pode haver futebol sem VAR

O auxílio eletrônico à arbitragem era uma antiga aspiração dos que desejavam que os resultados de jogos e competições no futebol fossem os mais corretos possíveis, sem a influência de "erros humanos" dos que sopram o apito. A partir do momento em que o VAR foi instituído, o número de erros crassos que determinam resultados diminuiu sensivelmente. Sendo assim, não é mais admissível que se realizem jogos sem esse recurso. Na fase classificatória do Campeonato Gaúcho não há VAR, exceção feita aos clássicos Gre-Nal e Ca-Ju. O mesmo acontece nas fases iniciais da Copa do Brasil. Um absurdo. No Gauchão, pelo menos dois jogos tiveram influência direta dos erros de arbitragem. No jogo Ypiranga 3 x 2 Juventude, o árbitro marcou dois pênaltis inexistentes contra o clube caxiense, o que acabou sendo determinante para o placar final. Hoje, no jogo Caxias 3 x 0 Ypiranga, outra vez um pênalti inexistente alterou o rumo do jogo. No lance em questão, quando o placar ainda não havia sido aberto, foi marcado um suposto pênalti do goleiro Caíque, do Ypiranga, sobre Peninha, do Caxias. Caíque, que já tinha um cartão amarelo, recebeu o segundo e foi expulso. Porém, as imagens de tevê mostraram que o goleiro não tocou em Peninha. O jogador do Caxias simulou ter sido derrubado. Caso houvesse VAR no jogo, o pênalti não teria sido marcado, e Peninha, que também já recebera um cartão amarelo, levaria o segundo e seria expulso. Com um jogador a menos, a partir do erro de arbitragem, o Ypiranga foi goleado, e perdeu a chance de chegar ao segundo lugar na classificação. Exemplos como os referidos acima deixam claro que não pode haver futebol sem VAR.