sábado, 21 de dezembro de 2024
Um erro que se propaga
O Atlético Mineiro anunciou que, a partir do início do próximo Campeonato Brasileiro, em março de 2025, o seu estádio, a Arena MRV, também contará com grama sintética. A medida é um erro que se propaga, cada vez mais, no futebol brasileiro. O primeiro estádio a ser dotado desse tipo de piso foi a Arena da Baixada, do Athletico Paranaense. Mais tarde, o Allianz Parque, do Palmeiras, seguiu o mesmo caminho. Depois, o Engenhão, arrendado pelo Botafogo, também aderiu. O São José, pequeno clube de Porto Alegre, já implantou a medida há mais de uma década. O argumento inicial para a adoção desse tipo de grama, era a dificuldade de insolação no estádio, o que prejudicava a forma natural. Atualmente, o motivo principal é facilitar a realização de shows, que danificam seriamente a grama natural. Como se vê, é uma distorção, pois, num estádio de futebol, os jogos deveriam ter precedência sobre qualquer outra atividade. Porém, como em tudo no futebol atual, o dinheiro sempre fala mais alto. O centroavante dinamarquês Braithwaite, do Grêmio, mostrou-se surpreso com o uso da grama sintética no Brasil, pois ela é danosa aos jogadores, multiplicando a chance de lesões. Disse que, num país com tanta luminosidade natural, isso é incompreensível. Braithwaite tem toda a razão. Nos principais campeonstos do mundo, todos os estádios utilizam, apenas, a grama natural. O Brasil é uma lamentável exceção.
Assinar:
Postagens (Atom)