domingo, 12 de março de 2023

Consagração

O filme "Tudo em todo lugar ao mesmo tempo" foi o grande vencedor da cerimônia do Oscar 2023, na noite de hoje. Com onze indicações, venceu em sete categorias, resultando numa consagração. Nas seis principais categorias, "Tudo em todo o lugar ao mesmo tempo" ganhou em cinco, atrizes principal e coadjuvante, ator coadjuvante, direção e melhor filme. Nenhuma de suas premiações foi injusta, mas as de atuação tinham candidatos que poderiam ter vencido. Michele Yeoh, a primeira asiática a ganhar um Oscar de melhor atriz, fez um excelente trabalho, mas Cate Blanchet, por "Tár" teve, talvez, a melhor atuação de sua carreira. Kei Hue Quan, premiado como melhor ator coadjuvante, tinha concorrentes com trabalhos mais expressivos, como Brendan Gleeson e Barry Keoghan, ambos por "Os Banshees de Inisherin". Recebendo sua primeira indicação ao Oscar aos 64 anos, Jamie Lee Curtis venceu na categoria atriz coadjuvante. A atuação de Jamie no filme é destacada, mas sua colega de elenco Stephanie Hsu fez um trabalho superior. O metaverso é o tema central do filme que, por vezes, soa confuso e frenético. O prêmio de melhor filme deveria ficar com "Os Banshees de Inisherin" que, indicado em várias categorias, saiu de mãos abanando do Oscar. O Oscar de melhor ator para Brendan Fraser, o único do filme "A Baleia", foi merecido, numa lista que continha excelentes candidatos. Um dado relevante é que,mesmo que não com a celeridade desejada, o Oscar vem ampliando a sua diversidade. Os prêmios de Michele Yeoh e Kei Hue Quan, e de melhor canção original para "Naatu Naatu", dos indianos MM Kzeravani e Chandabrose, pelo filme "RRR", corroboram essa tendência, iniciada em "2020", quando o sul-coreano "Parasita", ganhou o Oscar de melhor filme. O outro grande destaque da noite foi o alemão "Nada de novo no front", que ganhou os prêmios de melhor filme estrangeiro, fotografia, trilha sonora, e design de produção.