segunda-feira, 21 de abril de 2014

A fala que nada acrescentou

Depois de um inexplicável silêncio de uma semana, o presidente do Grêmio, Fábio Koff, finalmente se pronunciou. Dirigente mais vitorioso da história do clube, Koff deveria tê-lo feito logo após a humilhante goleada de 4 x 1 sofrida pelo Grêmio no Gre-Nal da decisão do Campeonato Gaúcho. Inexplicavelmente, não foi esse o seu procedimento. Agora, depois de mais uma derrota, numa estreia melancólica no Campeonato Brasileiro, Koff concedeu uma entrevista coletiva. Sua fala, no entanto, nada acrescentou, não representou um sopro de esperança para o sofrido torcedor gremista. Koff usou desculpas esfarrapadas e argumentos batidos para justificar o mau momento do Grêmio. Lembrou que o Grêmio já disputou 26 partidas no ano, mais do que qualquer outro clube. O que está por trás desse dado é querer alegar desgaste físico dos jogadores pelo excesso de partidas. Conversa fiada! O problema do Grêmio nada tem a ver com um suposto, e inexistente, excesso de jogos. Fábio Koff declarou, também, não ser possível disputar duas competições paralelas e ser campeão de ambas. Outra balela. O próprio Koff era presidente do Grêmio  em 1995, quando o clube foi campeão, simultaneamente, do Gauchão e da Libertadores. Depois de pedir desculpas, com uma semana de atraso, pela goleada no Gre-Nal, Koff disse, em tom conformista, que "essas coisas acontecem". Não, presidente, "essas coisas" não podem acontecer num clube da grandeza do Grêmio. O senhor, como maior mandatário do clube é o principal responsável pelo que está acontecendo. Contratou um técnico que não está a altura das ambições do Grêmio, não dotou o grupo de jogadores da qualidade necessária, não se cercou de dirigentes experientes e competentes, vive às custas de um passado pessoal glorioso, mas que não encontra eco no presente. Sua entrevista não trouxe nenhum alento para o torcedor gremista, só deve ter aumentado o seu desencanto.