segunda-feira, 2 de setembro de 2013

A triste realidade do basquete brasileiro

O futebol é, há muito tempo, o esporte preferido da maioria dos brasileiros. Porém, não é o único esporte coletivo em que o país se destaca. O vôlei é, hoje, o segundo esporte na preferência dos brasileiros, e não para de obter novas conquistas internacionais. Porém, nem sempre foi assim. Houve uma época em que o basquete ocupou o segundo lugar no coração dos brasileiros. O maior momento do basquete no país foi quando a Seleção Brasileira masculina conquistou o bicampeonato mundial em 1959/1963. O Brasil continuou, depois daqueles títulos históricos, a revelar grandes jogadores, formar seleções fortes e manter sua condição de esporte número dois do país. Um outro grande momento foi vivido em 1987, com a conquista do título do torneio de basquete dos Jogos Panamericanos, em Indianápolis, numa vitória histórica sobre os Estados Unidos. O basquete brasileiro revelou grandes valores, ao longo do tempo, como Vlamir Marques, Amaury Pasos, Rosa Branca, Ubiratan, Hélio Rubens, Marcel, Oscar. No entanto, o basquete masculino, em determinado momento, perdeu o rumo. Enquanto a Seleção feminina colhia alguns resultados razoáveis, a masculina ficou de fora das Olimpíadas durante 16 anos. Depois da participação na edição de 1996, em Atlanta, só retornou em 2012, em Londres. O Novo Basquete Brasil, o campeonato brasileiro de clubes da modalidade, é uma iniciativa bem sucedida, implantada nos últimos anos. A Seleção masculina, contudo, não consegue reencontrar seu rumo. Mesmo com a contratação de um técnico experiente e vitorioso, o argentino Ruben Magnano, o quadro continua ruim. Atualmente, a Seleção masculina é lanterna de seu grupo na Copa América de Basquete, tendo perdido todos os três jogos que realizou, até agora, na competição, contra Porto Rico, Canadá e Uruguai. Antes uma aspiração de todo e qualquer jogador, a Seleção, hoje, é tratada com desprezo. As estrelas brasileiras que atuam na NBA, Anderson Varejão, Nenê e Leandrinho, pedem dispensa da Seleção, sistematicamente. Esporte que já deu muitas alegrias para o país, o basquete está numa triste situação. A atual administração da Confederação Brasileira de Basquete, presidida pelo gaúcho Carlos Nunes, prometia, ao assumir, novos tempos para a modalidade, depois do longo período em que a instituição foi comandada por Gerasime Bozikis, o Grego. Até agora, contudo, a revolução esperada não ocorreu, e o basquete brasileiro prossegue em sua decadência. Uma realidade muito triste, para um esporte que, em outros tempos, obteve tantas glórias.