sexta-feira, 11 de julho de 2014

Mudanças necessárias

Decorridos alguns dias da goleada humilhante da Seleção Brasileira para a Alemanha, é necessário projetar novos rumos no futebol brasileiro, mas, para desalento do torcedor, é muito pouco provável que algo venha a se alterar na sua estrutura diretiva e organizacional. As pessoas que comandam a CBF pertencem a um mesmo grupo, cujos integrantes vão sucedendo uns aos outros no poder. Em comum, possuem uma biografia cheia de atitudes pouco recomendáveis, e sustentam um sistema que em nada contribui para os interesses maiores do futebol. Sem que haja uma alteração nesse "status quo", toda e qualquer medida tende a ser cosmética, longe das mudanças necessárias para proporcionar novos horizontes ao nosso futebol. Algumas hipóteses aventadas quanto ao cargo de técnico da Seleção Brasileira demonstram isso. Os atuais detentores do poder na CBF cogitam a permanência de Felipão, o que seria um descalabro, a promoção do técnico das seleções de categorias inferiores, Alexandre Gallo, que não está pronto para a empreitada, ou Muricy Ramalho, cujo tempo já passou. O próprio Muricy disse que aceitaria conversar, mas que entende que Tite é o nome mais indicado. A maioria dos cronistas e boa pare do público também se inclina por Tite, mas por disputas e interesses de natureza clubística o seu nome sofre restrições. Há, também, os que acham que é chegada a hora de um técnico estrangeiro para a Seleção, com o que não concordo. A Seleção construiu uma magnífica trajetória sem precisar recorrer a técnicos estrangeiros, e deve continuar assim. As mudanças mais imperiosas no futebol brasileiro precisam acontecer fora de campo. Pena que nada indique que essa seja uma possibilidade concreta.