segunda-feira, 29 de maio de 2017

Grandiosa exceção

Aos 40 anos, Totti, talentoso meia do Roma, encerrou sua carreira ontem. A notícia nada teria de incomum, não fosse o fato de que, em sua longa carreira, Totti jamais jogou por outro clube. No futebol altamente mercantilizado de hoje, onde os jogadores trocam de clube a todo o momento, em busca de maiores salários, Totti é uma grandiosa exceção. A postura de Totti é ainda mais digna de destaque pelo fato de que, ao optar por permanecer durante toda a sua carreira no Roma, ele perdeu não só a chance de ganhar mais dinheiro, mas também a de obter um maior número de títulos, já que o clube italiano raramente os conquista. Exemplos como o de Totti são escassos no futebol. No Brasil, há os casos de Nílton Santos, Marcos e Rogério Ceni, que tiveram Botafogo, Palmeiras e São Paulo, respectivamente, como os únicos clubes de suas carreiras. O amor á camiseta, considerado por muitos como algo anacrônico, ainda existe. Histórias como a de Totti fazem com que o futebol mantenha o seu encanto aos olhos do torcedor.