terça-feira, 15 de dezembro de 2015

Reforços modestos

O Inter apresentou hoje suas duas primeiras contratações para 2016, os volantes Fernando Bob e Fabinho. Os nomes não causaram impacto positivo junto ao torcedor, pois são, inegavelmente, reforços modestos Fernando Bob, de 28 anos, veio da Ponte Preta. Fabinho, de 29 anos, estava no Figueirense. São dois jogadores de currículo pouco expressivo e, pela idade, não se encaixam mais na condição de promessas. O melhor momento da carreira de Fernando Bob, até aqui, foi no Fluminense, onde participou do vice-campeonato da Libertadores em 2008, enquanto Fabinho nunca jogou por um grande clube. Esse tipo de contratação não é, no entanto, exclusividade do Inter. Os grandes clubes brasileiros, em geral, estão contratando pouco, e nenhum dos nomes anunciados é de grande expressão. O Palmeiras trouxe, até agora, três novos jogadores, o goleiro Vágner, do Avaí, o zagueiro Róger Carvalho, do Botafogo, e o volante Rodrigo, do Goiás, todos de pouco ou nenhum renome. O Flamengo fez duas contratações de nível médio, o lateral direito Rodinei, da Ponte Preta, e o volante William Arão, do Botafogo. Os demais grandes clubes sequer apresentaram reforços até o momento, ainda estão apenas na fase das especulações. Esse quadro reflete a escassez de recursos financeiros vivida pelos maiores clubes brasileiros. Para piorar a situação, alguns dos principais jogadores do país poderão tomar o rumo do exterior, em breve, como é o caso do goleiro Alisson, do Inter, que interessa a dois clubes italianos, Juventus e Roma, e do meia Jádson, do Corinthians, que poderá ir para o Tianjin Songjiang,  da segunda divisão da China, onde já está o técnico Vanderlei Luxemburgo. Acostumado, em outros tempos, a ver um desfile de craques pelos campos do país, resta, hoje, para o torcedor dos grandes clubes brasileiros, a opção de assisti-los pela televisão, jogando no exterior. Por aqui, ficam as jovens promessas, que vão embora assim que se afirmam, e os jogadores medianos, que não empolgam ninguém. Pelo visto até aqui, o torcedor brasileiro não terá nenhum motivo para entusiasmo em 2016.