terça-feira, 2 de fevereiro de 2016

Luta ideológica

Uma das tantas mentiras que tentaram impingir à  opinião pública, após a queda da maioria dos regimes comunistas, liderados pela extinta União Soviética, era de que as ideologias tinham acabado. Conforme os defensores do argumento em questão, os conceitos de esquerda e direita não faziam mais sentido. As pessoas estariam desinteressadas de se moverem em torno de causas, privilegiando a busca de metas pessoais. Mentira deslavada. A luta ideológica está mais encarniçada do que nunca. As redes sociais, que deram espaço de manifestação para quem antes não o tinha, mostram a clara divisão entre os que defendem uma sociedade mais humana e justa e os que bradam a favor da repressão e do autoritarismo. Enquanto uns defendem uma sociedade com oportunidades iguais para todos, outros propõem a "meritocracia", que cronifica a injustiça. A disputa que se verifica, no momento, no Brasil, entre os que prezam a democracia e os que pretendem golpea-la, deixa a situação muito clara. Os conceitos de esquerda e direita nunca estiveram tão vivos e atuais. Movido por reações a problemas circunstanciais, o eleitorado brasileiro, no pleito de 2014, apoiou nas urnas candidatos defensores da "austeridade". Também no exterior isso se fez, com os argentinos elegendo um presidente de direita. Lá como aqui, as consequências negativas ja se fazem sentir. A esquerda pode ter seus problemas, mas a direita nunca será a solução para eles.