sábado, 3 de maio de 2014

Empate razoável

Para um time que tinha sido eliminado da Libertadores, sua competição prioritária no ano, três dias antes, e anteriormente havia sido derrotado na decisão do Campeonato Gaúcho sofrendo uma goleada de seu maior rival, o empate de 0 x 0 do Grêmio com o Santos, hoje, pelo Campeonato Brasileiro, é um resultado razoável. Afinal, enfrentar o Santos na Vila Belmiro nunca é tarefa fácil, tanto que o Grêmio só tens duas vitórias em jogos oficiais naquele estádio. Esse empate fora de casa se segue a uma vitória, com um time reserva, sobre o Atlético Mineiro, na Arena, o que já remete o Grêmio para uma posição intermediária na tabela. A atuação do time, mais uma vez, não foi boa. Aliás, o jogo, em si, foi de péssima qualidade. Basta dizer que, durante toda a partida, houve uma única chance concreta de gol, de Dudu, do Grêmio, logo aos 7 minutos do primeiro tempo, uma daquelas oportunidades que não podem ser desperdiçadas. No restante da partida o que se viu foram dois times sem criatividade e poder ofensivo. Barcos e Leandro Damião, atacantes sobre os quais recaem as expectativas de marcarem os gols de que seus times necessitam, foram, novamente, inoperantes. O técnico do Grêmio, Enderson Moreira, acertou ao colocar Zé Roberto no banco, dando a titularidade para Alan Ruiz, mas continua a insistir com Pará. Dudu, mesmo desperdiçando uma chance de gol imperdível, foi o único jogador a se salvar, do meio para a frente, no Grêmio. A agradável surpresa ficou por conta de Geromel que, a despeito da desconfiança em torno do seu futebol, foi, pelo terceiro jogo consecutivo, quase irrepreensível na sua atuação. Há muito a se fazer para o que o Grêmio possa tornar-se um time confiável e capaz de conquistar grandes títulos, mas o resultado de hoje ameniza um pouco a desolação vivida pelo clube e sua torcida nos últimos dias e abre a perspectiva de mais uma boa campanha no Brasileirão, como tem sido comum nos últimos anos. Para a grandeza do Grêmio, isso ainda é muito pouco, mas já é uma luz no fim de um túnel que se prenunciava muito escuro.