sexta-feira, 6 de janeiro de 2012

Dramas que se repetem

O verão é a mais alegre das estações do ano, época de muito sol, calor, praias lotadas, férias. Por outro lado, também é a estação em que ocorrem grandes secas em algumas regiões e chuvas intensas em outras. Todo ano é a mesma coisa. Chuvas torrenciais que desabam morros, invadem casas, destroem pontes e estradas, deixam muitas pessoas desabrigadas. Ao mesmo tempo, localidades onde não chove, ocasionando problemas de abastecimento de água e perdas na agricultura. No primeiro caso, por exemplo, encontra-se o estado do Rio de Janeiro. No segundo, o Rio Grande do Sul. Ainda está na retina de todos o que aconteceu, em função das fortes chuvas, na região serrana do Rio de Janeiro, no verão de 2011. Nesse ano, as chuvas jã começaram a castigar aquele estado, levando a interrupção de uma estrada, na região onde se localiza o município de Campos. No Rio Grande do Sul, como consequência da seca, 25% da safra de milho já foi perdida. O ser humano não pode domar a natureza, é verdade, mas, diante de acontecimentos que são cíclicos, é preciso desenvolver meios de minorar seus efeitos danosos. Todo ano vemos prefeituras e governos estaduais pedindo recursos do governo federal para fazer frente aos estragos causados por secas e enchentes. A engenhosidade humana tem de ser capaz de propor mais do que simples ações paliativas, que não resolvem os problemas. É claro que isso demanda um enorme volume de recursos, mas é necessário. Remoção de habitações em morros e encostas, novos métodos de absorção da água da chuva, meios de garantir a irrigação de lavouras em épocas de seca, são medidas que, embora de cara e difícil realização, podem ser praticadas. O que não pode mais continuar é a rotina de enchentes, destruições, secas, falta de água potável, perdas na lavoura. Mesmo que custem muito dinheiro e um grande esforço científico para sua concretização, soluções para esses problemas tem de ser buscadas. Não basta remediar, é preciso prevenir a ocorrência de tais desastres climáticos e diminuir drasticamente os danos que causam.