domingo, 22 de dezembro de 2013

Um título para ser muito festejado

A conquista, pela Seleção Brasileira de Handebol Feminino, do título de campeã mundial, é um feito altamente expressivo do esporte brasileiro, e deve ser muito festejado. O handebol está longe de ser um esporte popular no Brasil. Sua prática é mais comum nas escolas que nos clubes. A grosso modo, é um futebol jogado com as mãos. Afora o uso das mãos, sua grande diferença em relação ao futebol são os escores altos. Na decisão de hoje, por exemplo, contra a Sérvia, a equipe brasileira venceu por 22 a 20. Essa conquista é muito significativa porque, antes desse título, a melhor colocação do Brasil num mundial de handebol feminino havia sido um 5º lugar. Portanto, na primeira vez em que obteve uma medalha na história da competição, o Brasil ficou com a de ouro. O título não é fruto do acaso. Conscientes de que, para que o handebol evoluísse no Brasil, era preciso buscar o conhecimento nos centros onde ele é mais desenvolvido, os dirigentes brasileiros da modalidade trouxeram o técnico dinamarquês Morten Soubak para treinar a seleção feminina. O trabalho de Soubak, que já vem sendo desenvolvido há alguns anos, foi apresentando um progresso contínuo, que culminou com a conquista do mundial. O Brasil reafirma, assim sua vocação para os esportes coletivos. Se nos esportes individuais o país vive do aparecimento esporádico de grandes estrelas como Adhemar Ferreira da Silva no atlestismo, Maria Esther Bueno e Gustavo Kuerten no tênis, Éder Jofre no boxe e César Cielo na natação, nos esportes coletivos o Brasil já ostenta cinco títulos de Copas do Mundo com o futebol, dois mundiais de basquete, medalhas de ouro olímpicas com o vôlei, tanto masculino quanto feminino. O handebol feminino soma-se, agora, a uma tradição do Brasil nos esportes praticados por equipes. Uma bela notícia para o país que irá sediar a próxima edição das Olimpíadas, que será realizada no Rio de Janeiro, em 2016.