sexta-feira, 7 de julho de 2017

Entre o ruim e o pior

O caos político brasileiro não dá sinais de arrefecimento. Pelo contrário. O desastroso governo do golpista e ilegítimo Michel Temer está por chegar ao fim a qualquer momento, mas, caso isso se confirme, deverá ser substituído por uma administração encabeçada pelo presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia. Como se vê, o Brasil está entre o ruim e o pior. Rodrigo Maia é um político da mesma baixa extração de Temer. Se vier a se tornar presidente, já sinalizou que manterá a equipe econômica de Temer, o que significa que o assalto aos direitos dos trabalhadores irá continuar. Na verdade, as forças que apoiaram o golpe não abrem mão de verem as reformas trabalhista e previdenciária aprovadas. Maia no poder representaria a continuidade na aposta das reformas, que teriam efeitos deletérios para os trabalhadores brasileiros. A queda de Temer é imperiosa, e já deveria ter ocorrido. Porém, ela teria que ser o princípio de uma reconstrução do país, e não o fim do estágio inicial de sua destruição. Rodrigo Maia como presidente significaria o agravamento do que já é pavoroso. Não basta trocar o presidente, é preciso pôr fim a estrutura de poder atual, oriunda de um golpe, e restituir a democracia no país. Para isso, é fundamental que as ruas se manifestem vigorosamente. O povo brasileiro não pode assistir passivamente á destruição do seu futuro.