quinta-feira, 20 de julho de 2017

A queda de Roger Machado

O futebol brasileiro viu, nos últimos anos, o surgimento de técnicos emergentes, num processo natural e necessário diante da decadência dos medalhões. O problema é que os novos técnicos ainda não mostraram solidez em seus trabalhos. A queda de Roger Machado no Atlético Mineiro é um exemplo disso. Roger foi, dentre esses técnicos, o mais bafejado pela imprensa, pelo período em que treinou o Grêmio. Ocorre que o desempenho de Roger no Grêmio não foi mais do que razoável, e acabou superestimado por uma parte da imprensa. Observando com atenção o seu trabalho no Grêmio, percebia-se um grande potencial, mas um profissional ainda carente de maturação. No Atlético Mineiro, Roger comprovou essa impressão. Ele é estudioso, tem ótima base teórica aliada á sua experiência como jogador. Sua proposta de jogo se baseia num futebol envolvente, com muita troca de passes. Porém, Roger não tem variações em sua proposta tática, e tem visíveis dificuldades para fazer a "leitura do jogo" durante o seu transcorrer. Roger tem condições de se tornar um grande técnico, mas, a exemplo dos outros emergentes, ainda não alcançou uma afirmação.