quarta-feira, 11 de dezembro de 2024

Calendário massacrante

A exigëncia era alta demais. A goleada de 3 x 0 sofrida pelo Botafogo para o Pachuca (MEX), hoje, no Estádio 974, em Doha, pelas quartas de final da Cipa Intercontinental, é consequència de um calendário massacrante. O Botafogo foi campeão da Libertadores no dia 30/11 e do Campeonato Brasileiro em 8/12. No mesmo dia da segunda conquista, viajou para o Catar, onde, hoje, já enfrentaria um jogo decisivo. Física e mentalmente, a sobrecarga era elevadíssima. O técnico do Botafogo, Artur Jorge, poupou vários titulares, como Alex Telles, Maicon Freitas, Almada e Savarino, deixando-os no banco. Se o Botafogo tinha excesso de jogos, o Pachuca não realizava uma partida desde 9/11. Entre o cansaço do Botafogo e a falta de ritmo de jogo do Pachuca, o primeiro fator pesou mais. Depois de um primeiro tempo equilibrado, o Botafogo fracassou no segundo. Aos 10 minutos, Idrissi fez um golaço, abrindo o placar para o Pachuca. Artur Jorge colocou titulares para tentar uma reação. Em vão. Deossa, aos 21, e Rondón, ao 35, ampliaram o marcador. Com o resultado, o Pachuca disputará a semifinal contra o Al Ahly (EGI), que eliminou o Al Ain (EAU) em outubro, para definir quem enfrentará o Real Madrid na decisão. Os memes dos adversârios pela eliminação do Botafogo serão inevitáveis. As críticas da imprensa, também. Porém, nada irá deslustrar o ano magnífico do clube, com a conquista da Libertadores e do Brasileirão no mesmo ano, feito só alcançado antes pelo Flamengo. Com um calendário racional, de competições espaçadas, o Botafogo poderia ter escrito outra história na Copa Intercontinental.