Arbitragem ruim

Um jogo em que o árbitro foi o maior destaque, e negativo. No empate entre Caxias e Inter por 1 x 1, hoje, no Francisco Stédile, pelo Campeonato Gaúcho, o árbitro Douglas Schwenberger da Silva foi a figura mais saliente do jogo, pelos seus muitos erros e pela insegurança que demonstrou ao longo de toda a partida. Schwenberger cometeu um erro que influiu diretamente no resultado. O árbitro marcou uma falta em favor do Inter, num lance em que ela teria que ser assinalada para o Caxias. Após a cobrança, surgiu a jogada que resultou no pênalti para o Inter. O Inter jogou com os reservas, com exceção do goleiro Marcelo Lomba. Alguns jogadores do Inter foram muito mal na partida, casos de Natanael e Nonato, por exemplo. O Caxias, prejudicado por uma arbitragem ruim, não merecia perder o jogo, e conseguiu o empate quando a partida já se encaminhava para o final. O mistério que fica no ar é porque o Inter poupou os seus titulares se vai estrear na Libertadores jogando no Beira-Rio, e tem a necessidade de se recuperar no Gauchão, pois, no primeiro turno, foi eliminado nas semifinais pelo seu maior rival, o Grêmio.

Um festival de pênaltis

Foram três pênaltis num só jogo, dois deles convertidos, todos em favor do mesmo clube. O fato aconteceu na goleada de 3 x 0 do Grêmio sobre o Juventude, hoje, na Arena, pelo Campeonato Gaúcho. O árbitro do jogo, Anderson Daronco, foi alvo de muitas reclamações do time do Juventude, mas, a rigor, só errou ao marcar o primeiro pênalti, que não ocorreu. Os protestos em relação ao primeiro gol do Grêmio não procedem. O gol de Pepê foi legítimo, pois Diego Souza, que estava impedido, não participou do lance. Os outros dois pênaltis foram claros, e ainda houve um quarto, em que Daronco, equivocadamente, marcou falta fora da área. A vitória do Grêmio foi incontestável, e aconteceu ao natural. Pepê mostrou que merece um lugar no time. Thiago Neves, finalmente, se fez notar em campo, Caio Henrique encaminhou sua titularidade, Diego Souza manteve sua alta média de gols. Mesmo tendo uma viagem longa pela frente, e um jogo difícil, fora de casa, pela Libertadores, na terça-feira, o Grêmio só poupou três dos seus titulares, Victor Ferraz, Matheus Henrique e Everton. Fez muito bem. O Grêmio ficou devendo no primeiro turno do Gauchão, e precisa encarar o segundo com seriedade. No jogo que teve um festival de pênaltis, o Grêmio teve uma vitória convincente, e tranquilizou, ao menos por enquanto, o seu ambiente, que estava tensionado.

Gre-Nal exclusivo no Facebook

1. Desde a edição anterior da Libertadores, os jogos da competição realizados às quintas-feiras só são transmitidos pelo Facebook. Nenhuma tevê aberta ou por assinatura pode transmitir essas partidas, o que é  um fato sem justificativa, pois despertam enorme interesse do público. Não são todos que dispõem de uma tevê smart que lhes permita assistir os jogos por essa rede social. Há, também, a possibilidade de o jogo ser visto por um smartphone mas, convenhamos, não é nada estimulante ver um jogo numa telinha, quando isso poderia ser feito num televisor de grande porte. Em função dessa esdrúxula exclusividade, concedida, é claro, em troca de muito dinheiro, o primeiro Gre-Nal da história da Libertadores, no dia 12 de março, na Arena, só poderá ser visto pelo Facebook. Um absurdo! O capitalismo desenfreado dos dias atuais não considera nenhum interesse que não seja o financeiro. Não lhe importa que milhões de torcedores e aficionados do futebol sejam prejudicados em seu desejo de assistir um jogo de enorme interesse. Um Gre-Nal exclusivo no Facebook é um fato revoltante e desrespeitoso com as duas torcidas e com o público em geral que aprecia o futebol. Os dirigentes dos clubes, no entanto, nada fizeram para impedir isso, pois só estão preocupados com os cifrões. Por essas e outras, o futebol perde o seu encanto a cada dia.

Valdir Espinosa

O futebol brasileiro perdeu, hoje, sem dúvida, um de seus grandes nomes. Valdir Espinosa, que faleceu aos 72 anos, no Rio de Janeiro, vítima de complicações pós-operatórias de uma cirurgia no intestino, colocou seu nome no panteão dos grandes técnicos brasileiros, com a conquista de três títulos históricos. Pelo Grêmio, foi campeão da Libertadores e do Mundo em 1983, títulos que foram um marco divisório na história do clube. Embora já fosse, reconhecidamente, um clube grande, com essas conquistas o Grêmio atingiu sua maioridade, e uma condição de superioridade sobre o seu maior rival, o Inter, que só obteria os mesmos títulos 23 anos depois. O outro título histórico de Espinosa foi o do Campeonato Estadual do Rio de Janeiro, em 1989, pelo Botafogo. Muitos hão de se perguntar o porquê de um título estadual ser considerado tão importante. A razão disso é que o Botafogo não conquistava o título da competição desde 1968, estando, na ocasião, portanto, com um jejum de 21 anos. Espinosa não apenas foi campeão, como o fez de forma invicta, vencendo o Flamengo na decisão. Afora ser um técnico competente, depois de uma carreira digna como jogador, Espinosa era um grande ser humano, afável, bom contador de histórias. Como jogador, aliás, Espinosa, que era lateral direito, foi titular da Seleção Gaúcha que, num jogo memorável, empatou em 3 x 3 com a Seleção Brasileira, em 1972, na partida que marcou o maior público do Beira-Rio em todos os tempos, de 102 mil pessoas. Pela competência profissional e pela simpatia pessoal, Espinosa vai deixar muita saudade.

Classificação sofrida

O Inter está classificado para a fase de grupos da Libertadores. O objetivo foi alcançado com uma vitória apertada, por 1 x 0, sobre o Deportes Tolima, hoje, no Beira-Rio, com um gol aos 49 minutos do primeiro tempo. Diante de um adversário tecnicamente fraquíssimo, o Inter teve enormes dificuldades e, depois da justa expulsão de D'Alessandro no segundo tempo, correu o risco do empate que o eliminaria no saldo qualificado. Com a classificação sofrida, o Inter terá, agora, dois grenais pela Libertadores, os primeiros na história da competição. Porém, pelo futebol que jogou, até aqui, em 2020, suas perspectivas, ao longo do ano, parecem muito escassas.

Título merecido

A Viradouro é a campeã do Carnaval do Rio de Janeiro. Uma vitória apertada, conquistada nos critérios após um empate em pontos com a Grande Rio, mas que levou a um título merecido. Segunda escola a desfilar no primeiro dia, a Viradouro fez uma apresentação impecável, e levantou a avenida com o seu samba-enredo. O de hoje é apenas o segundo título da Viradouro no Grupo Especial, o primeiro foi em 1997. Foi uma disputa emocionante, num Carnaval dos mais equilibrados. A forte impressão deixada pela Viradouro logo no início das apresentações não foi superada pelas escolas que se seguiram. A Grande Rio fez um belo desfile, mas um "buraco" na avenida acabou sendo fatal no quesito Evolução. Um carnaval técnico, mas que pecou em alguns detalhes, levou a Beija-Flor ao terceiro lugar. A Mangueira, muito cotada para obter o bicampeonato, fez uma bonita apresentação, mas que foi fria, sem empolgação, e obteve, apenas, o sexto lugar. A Portela foi uma grande decepção. Preferida pelo público que assistiu às apresentações pela tevê, ficou num modesto sétimo lugar, fora do desfile das campeãs. Parabéns, Viradouro!

Deposição

Ao postar um vídeo, via whatsapp, em que incita a população a ir às ruas no dia 15 de março para uma manifestação contra o Congresso, o presidente Jair Bolsonaro ultrapassou todos os limites em termos de impropriedades praticadas por um ocupante do cargo. O ato do ex-capitão configura crime de responsabilidade previsto na Constituição, e é motivo mais do que suficiente para que haja a abertura de um processo de impeachment. Diante de um fato de tamanha gravidade, o Congresso não pode se acovardar. Os presidentes da Câmara dos Deputados e do Senado, Rodrigo Maia e Davi Alcolumbre, respectivamente, têm de reagir imediatamente ao gesto tresloucado de Bolsonaro, e instaurar o processo de sua deposição. O país não pode continuar a ser governado por um desequilibrado. Um presidente deve zelar pela democracia, em vez de a afrontar. A hora é agora. Impeachment já!

O detalhe que faltou

A Mangueira é a atual campeã do carnaval do Rio de Janeiro, e o forte conteúdo de seu enredo para esse ano fez com que fosse considerada candidata a bisar o título. Havia, portanto, grande expectativa para o seu desfile. Ontem, na primeira noite dos desfiles do Grupo Especial, a Mangueira, enfim, entrou na Avenida Marquês de Sapucaí. Sua apresentação foi boa, tecnicamente bem conduzida, com um enredo de acentuado cunho político. Sem dúvida, estará entre as escolas que vão disputar o título. Porém, o detalhe que faltou, e que poderá ser decisivo na busca do bicampeonato, foi a pouca emoção que a mais popular das escolas de samba imprimiu ao seu desfile, fator que ficou mais evidenciado pela apresentação que lhe antecedeu, da Viradouro, que levantou a avenida. As escolas de samba desfilam para serem bem avaliadas pelos jurados. Assim, nada impede que a Mangueira venha a ser campeã, desde que os julgadores considerem que ela cumpriu com o que estabelece cada quesito. No entanto, uma escola cuja rainha de bateria decide não dançar, e com um samba sem um refrão forte, não estabelece a relação contagiante que se espera com a arquibancada. Viradouro, Paraíso do Tuiti e Portela tiveram seus sambas cantados em coro pelo público, o que a Mangueira não conseguiu. Um desfile voltado para atender aos critérios de julgamento nada tem de errado, mas carnaval é, sobretudo, uma celebração e, sendo assim, não pode prescindir da emoção, fator que esteve ausente na bela, mas fria, apresentação da Mangueira.

Renato entregou o título

Os sinais de que os ventos sopravam em favor do Caxias na decisão do primeiro turno do Campeonato Gaúcho estavam no ar. Depois de abrir vantagem sobre o Grêmio vencendo-o, em plena Arena, na estreia de ambos os clubes no Gauchão, o Caxias, na penúltima rodada da fase classificatória, perdeu para o Esportivo. O Grêmio, no entanto, perdeu para o Aimoré na mesma rodada, o que fez com que o clube caxiense se mantivesse na frente. Na última rodada, ambos venceram e, com isso, o Caxias ganhou o direito de decidir no Francisco Stédile. O jogo de hoje mostrou um Caxias muito recolhido, preocupado em se defender, enquanto o Grêmio tinha a posse de bola, mas não conseguia criar chances de gol. A única chance em todo o primeiro tempo, claríssima, foi do Grêmio, mas Diego Souza errou bisonhamente. O segundo tempo seguia na mesma toada, até que dois fatos decidiriam os rumos do jogo. O primeiro foi um pênalti claro sobre Everton não marcado pelo árbitro Leandro Vuaden, péssimo como sempre. O segundo foi a absurda substituição de Lucas Silva por Thiago Neves, repetindo um erro que o técnico do Grêmio, Renato, já havia praticado, anteriormente, no Gre-Nal. Thiago Neves, mais uma vez, não tocou na bola. Nove minutos após sua entrada, o Caxias marcou o seu gol. Foi uma consequência óbvia. O Caxias, que no jogo inteiro não conseguira atacar, com a saída do volante mais combativo do Grêmio, começou a pressionar com insistência. Renato, para piorar, fez mais duas substituições que nada trouxeram de positivo, colocando Caio Henrique no lugar de Bruno Cortez, e Luciano no de Maicon. O técnico do Grêmio não consegue perceber certas evidências. O trio de volantes é extremamente eficiente na contenção do adversário. Não deve, por isso, ser desmanchado quando houver necessidade de ser mais ofensivo. Nesse caso deve-se colocar um atacante, Pepê, e não um meia, como é Thiago Neves. O homem a sair, numa situação como essa, deve ser Alisson. Porém, Renato tem suas convicções e seus protegidos, o que está vitimando o Grêmio. Ele reluta em substituir Maicon durante o jogo, por ser seu capitão e um de seus homens de confiança, não abre mão de Alisson por que ele faz a tão propalada "recomposição", e, por vaidade e teimosia, quer empurrar goela abaixo de todos Thiago Neves, um jogador que jamais deveria ter vindo para o Grêmio. O grupo de jogadores formado pelo Grêmio para 2020 é de muita boa qualidade, mas enquanto seu técnico insistir com suas escolhas absurdas, outros duros revezes irão se somar ao de hoje, quando Renato entregou o título para o Caxias.

O princípio do fim

O conluio que levou Jair Bolsonaro a se eleger presidente já está fazendo água. A imprensa conservadora, um dos pilares do golpe, começa a se voltar contra o ex-capitão. As grosserias de Bolsonaro, agora agravadas pela quebra de decoro, e sua evidente incapacidade para administrar, estão fazendo muitos saltarem do barco. Veículos de imprensa como os jornais "Folha de São Paulo" e "O Estado de São Paulo", e a revista "Época", já se colocam contra Bolsonaro. A revista, inclusive, pede o seu impeachment. Paralelamente a isso, o dólar chega a mais alta cotação da história, R$ 4,40, a economia patina. O ministro da Economia, Paulo Guedes, aliás, já sinalizou a possibilidade de deixar o cargo. Caso isso ocorra, o empresariado do país, outro dos pilares do golpe, também saltará fora do conluio. Não se pode saber quando tudo isso irá redundar na queda de Bolsonaro, mas os indícios de que não irá concluir seu mandato são cada vez mais fortes. O que estamos vendo parece ser o princípio do fim para o governo, e o renascer da esperança para o país.

Primeiros fracassos

1. O verão ainda não terminou, o futebol recém retornou das férias, mas já há grandes clubes brasileiros sendo eliminados precocemente de competições. São os primeiros fracassos do ano. Depois de o Corinthians sair da pré-Libertadores já no primeiro confronto, contra o Guarani do Paraguai, Fluminense e Atlético Mineiro fizeram o mesmo na Copa Sul-Americana. Ontem, o Fluminense deixou a disputa, ao empatar em 0 x 0, fora de casa, com o Union La Calera (CHI). Hoje, foi a vez do Atlético Mineiro, mesmo vencendo o Union Santa Fe (ARG), por 2 x 0, no Independência. No caso do Fluminense, a saída da competição se deu pelo saldo qualificado, pois o primeiro jogo, no Maracanã, terminou empatado em 1 x 1. O Atlético Mineiro, por sua vez, foi goleado por 3 x 0 no primeiro jogo, fora de casa, e precisava, no mínimo, devolver o resultado para decidir a classificação nos tiros livres da marca do pênalti, ou ganhar por quatro ou mais gols de diferença para ir de forma direta para a próxima fase. Não conseguiu. Afora o aspecto técnico, com a eliminação para adversários modestos, Fluminense e Atlético Mineiro deixarão de ganhar um bom dinheiro por não prosseguirem na Copa Sul-Americana, o que poderá impactar negativamente as finanças de ambos os clubes. Também em seus campeonatos estaduais, Fluminense e Atlético Mineiro não realizam boas campanhas. Ambos estão com técnicos novos, e talvez aí resida parte dos problemas. Odair Helmann, o técnico do Fluminense, é um adepto fervoroso do defensivismo característico do futebol gaúcho, que joga "por uma bola". No jogo de ontem, em que precisava marcar gols para obter a classificação, o Fluminense quase não atacou e teve poucas conclusões. No Atlético Mineiro, a contratação do técnico venezuelano Dudamel parece mais um efeito do modismo que se verifica no país de trazer treinadores estrangeiros, do que a convicção na qualidade do seu trabalho. O fato é que o calendário do futebol brasileiro em 2020 mal começou e Fluminense e Atlético Mineiro já sentem os efeitos de uma eliminação. Como perspectiva para o restante do ano, tanto no aspecto técnico quanto no financeiro, parece um cenário nada animador.

Faltou futebol

Um jogo ruim, com poucos lances de emoção. Assim se pode resumir Deportes Tolima 0 x 0 Inter, hoje, em Ibagué (COL), pela Pré-Libertadores. Diante de um adversário de enormes limitações técnicas, o Inter jamais se mostrou ousado. Foi um jogo em que, de ambos os lados, faltou futebol. O técnico do Inter, Eduardo Coudet, iniciou o jogo com D'Alessandro no banco e Marcos Guilherme de titular. Porém, a velocidade de Marcos Guilherme não pôde ser explorada, pois não havia quem o acionasse. Boschilia até mostrava qualidade com a bola no pé, mas não conseguia ser o articulador que o Inter necessitava. A estrutura defensiva era excessiva contra o modesto Tolima. Mais uma vez, Coudet escalou Musto e Rodrigo Lindoso juntos, uma dupla de volantes que, comprovadamente, não se harmoniza. Musto joga muito recuado, quase como um terceiro zagueiro. Outro equívoco de Coudet foi a permanência de Bruno Fuchs como titular. O antigo dono da posição, Rodrigo Moledo, está longe se ser um grande jogador, mas é enérgico e eficiente na bola aérea. Fuchs tem se mostrado inseguro, e sua teórica superioridade na saída de bola, alegada por Coudet, não tem sido demonstrada na prática. Ao colocar D'Alessandro no segundo tempo, Coudet retirou Marcos Guilherme. Foi mais um erro. O Inter ganhou um articulador com a entrada de D'Alessandro, mas perdeu o velocista que poderia ser acionado pelo meia argentino com a saída de Marcos Guilherme. A dupla de volantes, no entanto, permaneceu até o fim, talvez porque Coudet estivesse mais preocupado em não perder do que em ganhar. O Tolima não justifica tamanha cautela. Com o segundo jogo no Beira-Rio, o Inter deverá se classificar para a fase de grupos da Libertadores sem maiores dificuldades. Porém, se não melhorar muito o seu desempenho, não deverá ter vida longa na competição. Em todos os jogos que realizou no ano até aqui, o Inter nunca chegou a ter uma grande atuação.

A certeza da impunidade

Mantendo sua rotina, o presidente Jair Bolsonaro cometeu mais uma grosseria. Dessa vez, fez uma declaração com conotação sexual dirigida à jornalista Patrícia Campos Melo, da Folha de São Paulo. A atitude foi repudiada pela própria Folha de São Paulo, Associação Brasileira de Imprensa, Associação Brasileira de Jornalismo Investigativo, OAB, entre outras instituições mas, como de hábito, Bolsonaro não recuou, e muito menos se retratou. Seu filho, Flávio Bolsonaro, diante dos protestos de deputadas federais contra a atitude misógina do ex-capitão, deu uma "banana" para as parlamentares, repetindo o gesto repulsivo de seu pai. Essas baixezas em sequência não acontecem por acaso. Bolsonaro e seus filhos têm a certeza da impunidade. Sabem que, por pior que façam, nada lhes acontecerá, pois estão blindados pelo conluio que os levou ao poder. O despreparo de Bolsonaro para ocupar o cargo de presidente é evidente. Seu comportamento atenta contra o decoro exigido por tão alta função. Porém, ninguém toma a iniciativa de propor o impeachment de Bolsonaro, dado que está a serviço dos promotores do golpe que derrubou uma presidente legitimamente eleita. Seu único compromisso é atender os interesses do "mercado", ou seja, de banqueiros, industriais, grandes comerciantes, agentes do agronegócio e mineradoras. Claramente, Bolsonaro se diverte com a repercussão das asneiras que diz e das grosserias que comete. Sabe que tem as costas quentes, que os protestos contra seus atos não terão consequência. Resultado de um golpe premeditado promovido pelos setores oligárquicos da sociedade brasileira, o governo Bolsonaro é um absoluto desastre, mas segue inabalável, pois tem o respaldo das Forças Armadas e do imperialismo americano. O país é que paga o preço dessa situação. Não será fácil a sua reconstrução ética e econômica no dia em que esse pesadelo acabar.

Distribuindo bananas

O Brasil se encontra num nível de deterioração ética e civilizatória nunca antes imaginado. O presidente Jair Bolsonaro comete disparates verbais e atitudes indecorosas de forma constante, e o faz porque sabe que conta com o apoio de seu séquito de defensores, formado por milhões de imbecis doutrinados. A postura de Bolsonaro contra a imprensa é um exemplo claro disso. Em poucos dias, Bolsonaro, por duas vezes, deu "bananas" para a imprensa, e chegou a prever que a profissão de jornalista está em extinção. O ex-capitão odeia a imprensa, pois não admite que ela divulgue os atos ilícitos praticados por seus filhos, nem que critique as barbaridades cometidas por sua administração. Como autêntico fascista que é, Bolsonaro não aceita uma imprensa livre, só a cabestreada pelo governo. Um presidente que diverte-se distribuindo "bananas" para jornalistas é algo impensável num país minimamente civilizado, onde tamanha falta de decoro no exercício do cargo seria intolerável. No Brasil, em vez de vaias, essa atitude desvairada é seguida de aplausos. Um país em que grande parte de sua população aceita tamanha baixeza, não tem nenhuma perspectiva de futuro que não seja o fundo do poço.

Decisão fora de casa

1. O Grêmio esteve muito perto de decidir na Arena o título do primeiro turno do Campeonato Gaúcho. Para isso, seria preciso que não houvesse um vencedor no tempo normal no jogo de hoje entre Caxias e Ypiranga de Erechim, no Francisco Stédile. Tudo se encaminhava de acordo com os interesses do Grêmio pois o jogo ia se aproximando do final sem que o placar fosse aberto, o que levaria a definição do segundo finalista para os tiros livres da marca do pênalti. Porém, aos 46 minutos do segundo tempo, o atacante Silva, curiosamente emprestado pelo Grêmio, fez o gol que deu a vitória ao Caxias, que, agora, decidirá o primeiro turno do Gauchão em casa. No entanto, mesmo com a decisão fora de casa, o Grêmio é o favorito para ficar com o título do primeiro turno. Derrotado pelo Caxias na sua estreia na competição, em plena Arena, o Grêmio tem amplas condições de fazer dessa partida a sua revanche daquele tropeço. Para o planejamento do Grêmio, ganhar o primeiro turno e garantir classificação antecipada para a decisão do campeonato é fundamental. Embora o Caxias seja um bom time, o Grêmio tem de fazer valer a sua superioridade. Um terceiro revés contra um clube do interior em menos de dez jogos no ano, não teria como ser aceito pelo torcedor.

Vitória com um gol nos acréscimos

Um jogo muito disputado, em que cada time dominou um tempo da partida. Assim foi o Gre-Nal de hoje, vencido pelo Grêmio por 1 x 0, no Beira-Rio, pelas semifinais do primeiro turno do Campeonato Gaúcho. O Grêmio foi superior no primeiro tempo, e perdeu uma grande chance de gol logo aos três minutos. Depois, ainda teve outra oportunidade desperdiçada e dois gols corretamente anulados. Antes do intervalo, Musto, do Inter, foi expulso. Curiosamente, com um jogador a menos, o Inter foi superior no segundo tempo, embora o Grêmio levasse perigo nos contra-ataques. O jogo seguia nesse lá e cá, até que o Grêmio obteve a vitória com um gol nos acréscimos. Aos 46 minutos, Diego Souza, escorando, de cabeça, um cruzamento de Everton, fez o gol que definiu o jogo. Diego Souza, aliás, foi o grande destaque do Grêmio. Foi dele, também, um dos dois gols anulados no primeiro tempo. Em três jogos pelo Grêmio, ele já marcou três gols, um em cada partida. Vanderlei foi outro a ter boa atuação no Grêmio, mostrando-se mais seguro em relação aos jogos anteriores. Bruno Cortez, mais uma vez, não esteve bem. No Inter, Victor Cuesta e Edenilson foram os melhores. Guerrero, novamente, decepcionou, e ainda não marcou gol em Grenais. Bruno Fuchs, que entrou no lugar de Rodrigo Moledo, não justificou sua escalação, jogando bem abaixo do, até então, titular. Agora, o Grêmio irá aguardar a definição do outro finalista do primeiro turno do Gauchão entre Caxias e Ypiranga de Erechim, que jogarão amanhã no Francisco Stédile.

A fala de Guedes

Desde ontem, não há assunto mais comentado no Brasil do que a declaração do ministro da Economia, Paulo Guedes, de que "dólar alto é bom, porque com dólar a R$ 1,80 empregada doméstica ia para Disney". A fala de Guedes expôs, mais uma vez, seu ódio aos pobres, já demonstrado em outras oportunidades. Numa associação óbvia, Guedes está sendo comparado a Caco Antibes, personagem que o ator Miguel Falabella vivia no extinto programa humorístico "Sai de Baixo", da Rede Globo, que tinha por bordão a frase "Eu tenho horror a pobre". Em uma declaração anterior, Guedes culpou os pobres pela destruição do meio ambiente. Outro de seus alvos são os funcionários públicos, a quem chamou, recentemente, de "parasitas". Assim como o presidente Jair Bolsonaro diz atrocidades porque sua única preocupação é em agradar os seus apoiadores descerebrados, Guedes faz afirmações chocantes porque seu discurso é direcionado aos grandes empresários. Sentindo-se respaldados pelos grupos que os apoiam, Bolsonaro e Guedes não se importam com as críticas dos setores mais conscientes da sociedade, pois não governam para eles. Seu projeto de poder é golpista, excludente, demofóbico e elitista.

Eliminado

O que muitos temiam, aconteceu. O Corinthians venceu o Guarani (PAR) por 2 x 1, hoje, no Itaquerão, mas foi eliminado da pré-Libertadores, repetindo o que ocorreu, em 2015, contra o mesmo adversário, nas oitavas de final da competição. O Corinthians começou jogando bem, e abriu o placar cedo. Ainda no primeiro tempo, já com um jogador a menos, pela expulsão de Pedrinho, o Corinthians marcou mais um gol, fazendo o suficiente para obter a classificação no tempo normal de jogo. Porém, no início do segundo tempo, o Guarani descontou, cobrando uma falta inexistente. O gol marcado era o bastante para o clube paraguaio se classificar, pelo saldo qualificado. Foi o que acabou se confirmando, pois o Corinthians não conseguiu fazer mais um gol. A eliminação precoce na pré-Libertadores, somada à má campanha no Campeonato Paulista, colocam pressão sobre o técnico do Corinthians, Tiago Nunes, mas, por ser recém chegado ao clube e estar iniciando o seu trabalho, ele não deverá correr risco de demissão.

Um adversário melhor do que a encomenda

Uma vitória previsível. Foi o que aconteceu, hoje, no Beira-Rio, quando o Inter venceu a Universidad de Chile por 2 x 0. Como já se havia percebido no primeiro jogo, no Estádio Nacional, o Inter enfrentou um adversário melhor do que a encomenda, pois a Universidad de Chile é muito fraca. Seu goleiro na partida de hoje, Campos, por exemplo, é um jovem de 20 anos que fez sua estreia como profissional, pois o titular teve uma indisposição. O time chileno, ainda por cima, veio desfalcado de seu jogador mais famoso, Montillo, que fou expulso na primeira partida. O Inter até demorou a abrir o placar, aos 42 minutos do primeiro tempo, mas era evidente que, diante de um adversário tão débil, a vitória viria ao natural. Com mais um gol no segundo tempo, o Inter construiu um resultado confortável e, pelo que se viu do seu próximo oponente na pré-Libertadores, o Deportes Tolima (COL), a classificação para a fase de grupos da Libertadores não deverá ser nada difícil.

A grande surpresa do Oscar

Em 92 anos de existência do Oscar, nunca uma obra havia vencido, conjuntamente, os prêmios de melhor filme nas categorias internacional e geral. Ontem, isso aconteceu com o filme sul-coreano "Parasita", dirigido por Bong Jon-ho, caracterizando a grande surpresa do Oscar. Com seis indicações, "Parasita" ganhou quatro Oscars. Venceu, também, nas categorias Diretor e Roteiro Original. A inesperada premiação de "Parasita" mostra uma quebra de paradigma da Academia de Artes e Ciências Cinematográficas de Holywwood. Em tempos de forte ativismo, a Academia sabe que não pode mais permanecer assentada sobre suas velhas certezas e práticas. Embora transmitido para vários países do mundo, o Oscar sempre deixou prevalecer uma índole americana que, muitas vezes, influenciou negativamente nos resultados da premiação. Ciente dos novos tempos, o Oscar se abre para o mundo. O que antes era a grande festa da indústria cinematográfica americana, poderá se transformar numa celebração aberta para a produção fílmica mundial. Mudar para manter a sua relevância, esse parece ser o lema do tradicional prêmio. A partir de agora, provavelmente, a qualidade, e não o país de origem, deverá ser priorizada na distribuição dos prêmios. Como sempre deveria ter sido.

Classificação categórica

A ameaça de o Brasil ficar fora do futebol masculino das Olimpíadas era muito grande, e tornou-se ainda maior com a vitória do Uruguai sobre a Colômbia. Esse resultado obrigava a Seleção Brasileira Pré-Olímpica a ganhar da Argentina. Não apenas ganhou, como goleou por 3 x 0, conquistando uma classificação categórica. O futebol que a equipe ainda não havia mostrado, finalmente, apareceu. Aos 12 minutos, Paulinho já fazia 1 x 0. Depois, Matheus, com um gol em cada tempo, ampliou o placar. A Seleção ainda colocou bolas na trave, mostrando que a goleada poderia ser mais ampla. Agora, o Brasil já pode sonhar com o bicampeonato olímpico no futebol, torcendo que, em Tóquio, todos os jogadores convocados sejam liberados pelos clubes, o que não ocorreu dessa vez.

O erro absurdo de Renato

O Grêmio sofreu, hoje, uma daquelas derrotas que o torcedor mais consciente não consegue tolerar. Com os seus titulares, o Grêmio perdeu para o modesto Aimoré, por 2 x 1, no Cristo Rei, pelo Campeonato Gaúcho. O time se mostrou indolente, sem vibração, parecendo confiar em que venceria o jogo ao natural. Porém, o fator decisivo para a consumação da derrota foi dado pelo técnico Renato. Ao sofrer o primeiro gol, Renato resolveu mexer no time, para tentar uma reação. Colocou Thiago Neves e tirou Lucas Silva. Portanto, Renato ficou só com um volante em campo, Maicon, um veterano de 34 anos, que possui lesões crônicas, num jogo realizado sob um calor elevadíssimo. O erro absurdo de Renato cobrou o seu preço. O Grêmio ficou mais frágil no seu sistema defensivo, e facilitou ainda mais as ações do Aimoré que, depois, chegou ao segundo gol O gol de Diego Souza para o Grêmio veio tarde demais, e a derrota se confirmou
O pior é que até um empate já daria ao Grêmio o primeiro lugar no seu grupo, pois o Caxias perdeu para o Esportivo, e assim evitaria o Gre-Nal pelas semifinais do turno, em jogo único, no Beira-Rio. Duas derrotas, com os titulares, para clubes do interior em apenas cinco jogos pelo Gauchão é um fato injustificável. Renato precisa ser cobrado pela diretoria do Grêmio.

Confirmação

O Inter já estava em primeiro lugar no seu grupo no Campeonato Gaúcho, empatado em pontos com o Ypiranga de Erechim, mas com vantagem no saldo de gols. Hoje, ao vencer o Novo Hamburgo por 2 x 0, no Beira-Rio, e com o empate em 0 x 0 do Ypiranga com o Juventude, no Alfredo Jaconi, o Inter obteve a confirmação da posição. Agora, o Inter irá esperar, de camarote, a definição do primeiro colocado do outro grupo, amanhã, entre Grêmio e Caxias. O Caxias é o líder do grupo, por enquanto, com dez pontos, contra nove do Grêmio. A definição se dará nos jogos Aimoré x Grêmio e Esportivo x Caxias. No jogo de hoje, o Inter escalou os reservas, com exceção do goleiro Marcelo Lomba. Diante de um Novo Hamburgo, que ainda não ganhou nenhum jogo no Gauchão, e marcou apenas um gol, o Inter não teve maiores dificuldades. O primeiro gol custou a sair, no final do primeiro tempo, mas o resultado foi construído com tranquilidade. Com mais um gol, no final do segundo tempo, o Inter consolidou sua vitória. Se as posições do outro grupo não se alterarem, haverá Gre-Nal, em jogo único, no Beira-Rio, pelas semifinais do primeiro turno.

Censura

Em tempos de bolsonarismo, a estupidez não tem limites. A tentativa do governo de Rondônia de censurar obras clássicas da literatura nas escolas é inominável. Voltar atrás, depois da péssima repercussão do fato, não torna o ocorrido menos grave. A censura simboliza, como nenhum outro fator, a condição odiosa e repugnante do fascismo. Tentar proibir obras como "Memórias Póstumas de Brás Cubas", de Machado de Assis, e "Os Sertões", de Euclides da Cunha, é um total desatino. O recuo na implantação da medida significa, apenas, que o apoio da opinião pública não foi obtido. Porém, os adeptos do bolsonarismo não irão desistir de cercear os direitos individuais. A escalada do Brasil rumo ao obscurantismo é cada vez mais acelerada. Um governo autoritário e incompetente estabeleceu uma agenda medieval para o país, e administrações estaduais já começam a seguir essa proposta. Está mais do que na hora de a sociedade organizada responder aos ataques contra a educação. Ganhar uma eleição não significa obter um cheque em branco para cometer atrocidades. O Brasil precisa ser salvo da sanha destruidora de Bolsonaro e seus aliados antes que seja tarde demais.

Situação complicada

A Seleção Brasileira que disputa o torneio pré-Olímpico na Colômbia parecia que se classificaria sem maiores problemas para as Olimpíadas. Afinal, ganhara todos os seus jogos na primeira fase. Porém, no quadrangular decisivo, a Seleção empatou os dois primeiros jogos, e está com a classificação para as Olimpíadas ameaçada. Situação complicada para uma equipe que tem bons jogadores e não deveria ter maiores dificuldades no enfrentamento com seus vizinhos sul-americanos. Hoje, a equipe brasileira apenas empatou em 1 x 1 com o Uruguai, o adversário tecnicamente mais fraco do quadrangular decisivo. Agora, a Seleção irá buscar a classificação contra a Argentina, sua maior rival, e que garantiu sua ida às Olimpíadas por ter ganho os seus dois jogos, até aqui. A vantagem brasileira é já entrar em campo sabendo o que ocorreu na partida Colômbia x Uruguai, que jogarão antes. Com os jogadores que têm, esperava-se  um desempenho mais qualificado da equipe brasileira.

Kirk Douglas

Uma pessoa chegar aos 103 anos é algo digno de nota, mesmo que se trate de um anônimo. O que dizer, então, se a pessoa em questão for um grande astro do cinema como Kirk Douglas que faleceu, hoje, com essa provecta idade? Kirk Douglas teve uma longa e exitosa carreira, embora tenha sido indicado três vezes ao Oscar sm ganhar em nenhuma delas. Recebeu, apenas, um Oscar honorário, pelo conjunto da obra. Porém, esse fato não desmerece a sua brilhante trajetória. Um de seus filhos é outro astro do cinema, Michael Douglas, que, ao contrário do pai, já ganhou um Oscar de melhor ator. Uma carreira tão longeva e bem sucedida tem de ser exaltada. No panteão dos grandes nomes de Hollywood, Kirk Douglas é um dos mais reluzentes, pela qualidade inegável de seu trabalho. Merece muitas homenagens, e o reconhecimento de todos quantos gostem de cinema.

Limitações

A estreia do Inter na pré-Libertadores foi tímida. O empate em 0 x 0 com a Universidad de Chile, no Estádio Nacional, mostrou as limitações do Inter. A Universidad de Chile, embora jogasse em casa, está longe de ser um adversário temível. O estádio recebeu um pequeno público, e as condições do gramado eram boas, ou seja, o ambiente estava longe de ser hostil ao Inter. O time chileno tem uma média de idade alta, e um futebol modesto. Não conseguiu tirar proveito da condição de mandante do jogo, o que seria muito importante para quem vai decidir a classificação fora de casa. Por isso, o Inter não deverá ter muito trabalho para se classificar para a próxima fase da competição, na semana que vem, no Beira-Rio. Porém, diante de adversários mais qualificados que venha a enfrentar caso ingresse na fase de grupos da Libertadores, o Inter deverá ter muitas dificuldades. Sem dinheiro para fazer grandes contratações, o Inter manteve a base do time de 2019, e acrescentou alguns novos jogadores, sem nenhum grande nome. Uma combinação que torna pouco provável a conquista de grandes títulos pelo clube em 2020.

Goleada

Um jogo tranquilo, em que a vitória veio ao natural.
Assim foi a goleada de 5 x 0 do Grêmio sobre o Esportivo, hoje, na Arena, pelo Campeonato Gaúcho. O Grêmio abriu o placar cedo, e ampliou ainda no primeiro tempo. No segundo, fez mais três gols. O Esportivo pouco ameaçou o Grêmio durante todo o jogo. Everton voltou a jogar bem. Maicon e Alisson também se destacaram. Diego Souza entrou durante o jogo e já marcou gol na estreia. Na medida em que os jogos vão se sucedendo, o Grêmio vai mostrando o seu potencial. O grupo de jogadores oferece um grande número de opções para o técnico Renato. Na semana que vem, Caio Henrique, Matheus Henrique e Pepê se juntarão ao grupo depois da participação no torneio Pre-Olímpico, O Grêmio está formando um grupo qualificado e numeroso, capaz de lhe capacitar a disputar títulos em 2020.

O ocaso de Abel

Uma das situações mais difíceis que qualquer profissional tem de enfrentar é a hora certa de parar. Algumas vezes, fica evidente essa necessidade, sem que a pessoa reconheça o fato. Há, no momento, um caso assim no futebol. O técnico do Vasco, Abel Braga, está nessa situação. O ocaso de Abel é constrangedor. O técnico, claramente, não consegue mais fazer bons trabalhos. No seu clube anterior, o Cruzeiro, nada conseguiu na tentativa de livrar o clube do rebaixamento. Agora, no Vasco, obteve apenas uma vitória em cinco jogos, fez só um gol, e, como perdeu para o Botafogo por 1 x 0, hoje, no Engenhão, já está eliminado antecipadamente da Taça Guanabara, o primeiro turno do Campeonato do Estado do Rio de Janeiro. Por mais que Abel justifique que escalou reservas em alguns jogos e que tudo está dentro do planejamento, não há como explicar uma derrota como a de quinta-feira por 1 x 0 para a Cabofriense, em pleno São Januário. Abel já está rico, o peso da idade se faz sentir, e sofreu um grande abalo, há dois anos, com a perda de um filho. Para um técnico que, no seu currículo, possui um título mundial de clubes, não há necessidade de se expor a um final de carreira triste. Está na hora de Abel Braga parar.

Empate sonolento

A falta de ofensividade marcou o empate em 0 x 0 entre Ypiranga de Erechim e Inter, hoje,  no Colosso da Lagoa, pelo Campeonato Gaúcho. Embora o Inter estivesse com o seu time reserva, com exceção do goleiro Marcelo Lomba, havia a expectativa de um bom jogo. Afinal, Ypiranga e Inter estavam com 100% de aproveitamento no Gauchão, tendo três vitórias cada um. Porém, a classificação por antecipação de ambos para a fase decisiva do primeiro turno, retirou o ímpeto ofensivo dos times, que acabaram num empate sonolento, com raríssimas chances de gol. O meia Boschilia, a mais nova contratação do Inter, que veio do Mônaco, fez sua estreia, mas teve uma atuação opaca. Agora, o Inter voltará a sua atenção para o jogo de terça-feira pela pré-Libertadores, fora de casa, contra a Universidad de Chile, quando voltará a escalar os titulares, na primeira partida de um confronto que poderá repercutir decisivamente nas perspectivas do clube para todo o restante do ano.