quinta-feira, 27 de fevereiro de 2020

Valdir Espinosa

O futebol brasileiro perdeu, hoje, sem dúvida, um de seus grandes nomes. Valdir Espinosa, que faleceu aos 72 anos, no Rio de Janeiro, vítima de complicações pós-operatórias de uma cirurgia no intestino, colocou seu nome no panteão dos grandes técnicos brasileiros, com a conquista de três títulos históricos. Pelo Grêmio, foi campeão da Libertadores e do Mundo em 1983, títulos que foram um marco divisório na história do clube. Embora já fosse, reconhecidamente, um clube grande, com essas conquistas o Grêmio atingiu sua maioridade, e uma condição de superioridade sobre o seu maior rival, o Inter, que só obteria os mesmos títulos 23 anos depois. O outro título histórico de Espinosa foi o do Campeonato Estadual do Rio de Janeiro, em 1989, pelo Botafogo. Muitos hão de se perguntar o porquê de um título estadual ser considerado tão importante. A razão disso é que o Botafogo não conquistava o título da competição desde 1968, estando, na ocasião, portanto, com um jejum de 21 anos. Espinosa não apenas foi campeão, como o fez de forma invicta, vencendo o Flamengo na decisão. Afora ser um técnico competente, depois de uma carreira digna como jogador, Espinosa era um grande ser humano, afável, bom contador de histórias. Como jogador, aliás, Espinosa, que era lateral direito, foi titular da Seleção Gaúcha que, num jogo memorável, empatou em 3 x 3 com a Seleção Brasileira, em 1972, na partida que marcou o maior público do Beira-Rio em todos os tempos, de 102 mil pessoas. Pela competência profissional e pela simpatia pessoal, Espinosa vai deixar muita saudade.

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