terça-feira, 16 de agosto de 2016

O homem que mudou o futebol

Faleceu hoje, aos 100 anos de idade, o ex-presidente da extinta CBD e da Fifa, João Havelange. Sua trajetória no futebol foi muito marcante. No seu período como presidente da Confederação Brasileira de Desportos - CBD, a Seleção Brasileira ganhou três Copas do Mundo. Em 1974, tornou-se presidente da Fifa, permanecendo no cargo por 24 anos. Como presidente da Fifa, mudou a face do futebol no mundo. Havelange expandiu o futebol para todos os cantos, a ponto de a Fifa, já faz algum tempo, ter mais filiados que a ONU. Outra medida de Havelange foi aumentar o número de participantes e o período de disputa da Copa do Mundo. Se expandiu o futebol pelo mundo, Havelange também foi o responsável por acabar com sua fase romântica, transformando-o num grande negócio. O que era uma trajetória de vida amplamente exitosa foi manchada, nos últimos anos, pela revelação do envolvimento de Havelange em atos de corrupção quando foi presidente da Fifa. O outrora tão poderoso João Havelange, morreu com sua imagem seriamente desacreditada. Ex-integrante do Comitê Olímpico Internacional, não teve nenhum representante da instituição presente em seus funerais. Bajulado por muitos durante anos, terminou sua vida marcado pela condição de corrupto, o que resultou em atitudes como a do Comitê, que não quer associar sua imagem a alguém que estava com uma reputação tão desgastada. Seja como for, Havelange teve uma vida longa e intensa, foi um homem poderoso. Deixou uma marca indelével na história do futebol, tanto no aspecto positivo, como no negativo.

Decepções

Foi um dia de duas grandes decepções para o Brasil nas Olimpíadas. As seleções femininas de futebol e de vôlei sofreram derrotas inesperadas que lhes tiraram do caminho da conquista da medalha de ouro. A seleção de futebol ainda terá a chance de disputar a medalha de bronze, mas a de vôlei está fora das Olimpíadas. Com duas medalhas de prata olímpicas no currículo, o futebol feminino tinha nas Olimpíadas do Rio de Janeiro a sua grande chance de chegar ao ouro. Ganhador da medalha de ouro nas duas últimas Olimpíadas, o vôlei feminino fazia uma campanha impecável, sem nenhum set perdido. Porém, perdeu nas quartas de final, uma fase eliminatória, e encerrou inesperadamente sua participação na competição. Os esportes coletivos eram a grande esperança do Brasil garantir medalhas nas Olimpíadas, e levar o país a melhorar sua posição no quadro de medalhas em relação outras edições da competição. Os resultados de hoje foram uma ducha de água fria nas projeções dos brasileiros. A equipe de handebol feminino, que também tinha boas expectativas de obter medalha, foi igualmente eliminada. No atletismo, num esporte individual, Fabiana Murer, no salto com vara, também fracassou. Mesmo contando com o fator local na atual edição das Olimpíadas, ainda não será dessa vez que o Brasil dará um salto significativo no número de medalhas de ouro conquistadas.