quinta-feira, 5 de agosto de 2021

A decepção do vôlei masculino

Desde as Olimpíadas de 1984, em Los Angeles, o vôlei masculino brasileiro tornou-se um dos melhores do mundo. Naquela ocasião, conquistou a medalha de prata, na primeira vez em que o Brasil subiu ao pódio olímpico na modalidade. A partir daquela que ficou conhecida como a "Geração de Prata", com nomes da expressão de William, Montanaro, Bernard, Xandó, e Renan, atual técnico da Seleção masculina, o vôlei ganhou o coração dos brasileiros. Não demorou para que o vôlei feminino seguisse a rota do masculino, transformando o Brasil numa potência desse esporte. São muitos títulos e medalhas conquistados pelo vôlei brasileiro nessas quatro décadas. Por isso, a expectativa dos brasileiros em relação às duas seleções é sempre alta. Atual campeão olímpica, a Seleção masculina era tida como grande candidata a bisar a conquista. Porém, ontem, ao perder por 3 x 1 para a equipe do Comitê Olímpico da Rússia, esse sonho foi desfeito. A mesma equipe já havia derrotado a brasileira na fase de grupos, por 3 x 0. No entanto, a derrota de ontem é daquelas que não se supera com facilidade. O jogo estava empatado em 1 a 1, quando a equipe brasileira teve o terceiro set na mão, abrindo uma diferença de 20 pontos contra 12. Espantosamente, permitiu a reação do adversário, e perdeu o set. O quarto set foi, apenas, uma consequência do anterior, e a equipe brasileira perdeu o jogo, restando, agora, a disputa da medalha de bronze contra a Argentina. A decepção do vôlei masculino segue a onda de fracassos dos esportes coletivos brasileiros nas Olimpíadas, com a não classificação das equipes de basquete para a competição, e a eliminação da Seleção de futebol feminino nas quartas de final. Ficou para as seleções de futebol masculino e vôlei feminino a responsabilidade de reverter, ao menos em parte, esse quadro, caso venham a ganhar a medalha de ouro.