terça-feira, 22 de novembro de 2016

O pacotão de Sartori

O mais inepto e incompetente governador do Rio Grande do Sul em todos os tempos, José Ivo Sartori, anunciou na tarde de ontem o envio para a Assembleia Legislativa de uma série de medidas que, se forem aprovadas, irão significar o desmonte do Estado. O pacotão de Sartori é um conjunto de maldades que visa vender patrimônio público e demitir servidores. Fiel ao figurino neoliberal, e sua cantilena de "austeridade" para combater a "crise financeira", Sartori propõe a extinção de importantes fundações, parcelamentos de salários, fusão de secretarias estaduais, aumento na taxa de contribuição previdenciária dos funcionários públicos, entre outras sugestões. O curioso é que um governo que chega a classificar a situação financeira do Rio Grande do Sul como sendo de "calamidade pública" não tenha proposto no pacote a extinção do Tribunal Militar, uma estrutura inútil que onera os cofres públicos em 40 milhões de reais por ano. Nem mesmo a citação do nome da execrável ex-primeira ministra da Inglaterra, Margareth Tatcher faltou no discurso de Sartori. Como não poderia deixar de ser, o pacotão de Sartori recebeu apoio total da Federasul, e repúdio das associações de servidores. Mais uma vez, o lado mais fraco é penalizado, enquanto o principal fator do rombo nos cofres públicos, a sonegação de impostos por parte das grandes empresas, é ignorado. Resta a esperança de que a Assembleia Legislativa rejeite o pacotão ou o altere de maneira a diminuir a sua perversidade. A mobilização de servidores e sindicatos já começou, e é necessário que a sociedade, como um todo, repudie vigorosamente as propostas de Sartori. Não ao Estado mínimo! Não á precarização dos serviços públicos!