sexta-feira, 4 de novembro de 2022

O Grêmio precisa mudar

Depois de atingir o objetivo de retornar à Primeira Divisão, o Grêmio deveria deixar para trás as práticas e procedimentos que o levaram ao rebaixamento. O Grêmio precisa mudar, profundamente, mas há indícios preocupantes de que isso, talvez, não venha a acontecer. A aventada hipótese da permanência do técnico Renato vai na contramão da renovação de métodos e posturas de que o Grêmio tanto carece. Renato é centralizador, prefere trabalhar com jogadores veteranos, opina em áreas que não são da sua alçada, toma decisões que não lhe cabem. Sua permanência faria com que jogadores que deveriam ser dispensados, como Edílson e Thiago Santos, só para citar dois exemplos, venham a ser utilizados. Os dois candidatos a presidente do Grêmio, Odorico Roman e Alberto Guerra, dizem que manterão Renato, caso venham a ser eleitos. Espera-se que sejam apenas declarações para evitar perdas de votos na eleição, já que Renato tem grande prestígio junto ao torcedor. Porém, caso isso se confirme, o Grêmio já começa mal o seu planejamento para 2023. Ambos os candidatos falam num Grêmio mais profissionalizado, com um gerente de futebol de grande peso no mercado, situação em que Renato não se encaixa. Não basta que o mandato do presidente Romildo Bolzan Júnior acabe, é preciso que cheguem ao fim, também, as diretrizes que levaram o clube a amargar uma queda de divisão. As mudanças que deveriam ter sido feitas ao final de 2021 foram postergadas. Agora, não podem mais ser adiadas, sob pena de levar o clube a sofrer muito nas competições que disputará no ano que vem. Ninguém ignora que Renato é o maior jogador da história do Grêmio, e que também foi vitorioso como técnico do clube. No entanto, a hora é de modificações, com novas ideias, para que um outro ciclo vitorioso possa começar a ser construído. A primeira providência para que isso possa ser viabilizado é trazer um novo técnico, sem vinculações com o que ocorreu no clube na era Romildo.