quinta-feira, 11 de outubro de 2018

Um salto no abismo

Faltando 18 dias para o segundo turno da eleição presidencial, é preciso que a sensatez se sobreponha ao antipetismo irracional que se apoderou de vários setores da sociedade brasileira. Com a colaboração criminosa, por ação ou omissão, da imprensa e do Poder Judiciário, o Brasil corre o risco de dar um salto no abismo, elegendo para presidente um homem intelectualmente limitado, culturalmente indigente, apologista da tortura, racista, misógino e adepto da homofobia. Seu candidato a vice defende a realização de uma nova constituição feita por "notáveis" escolhidos pelo presidente, e quer acabar com o décimo-terceiro salário. O Brasil, na hipótese de um candidato tão despreparado e nefasto vir a ganhar a eleição, irá mergulhar no mais absoluto caos. Não é possível que se assista a isso passivamente. O golpe do impeachment custou muito caro, permitindo o surgimento da candidatura de um desequilibrado ao mais alto cargo do país. Chegou a hora de deixar as vaidades e picuinhas políticas de lado para impedir a destruição do futuro do Brasil. Votar em Fernando Haddad no segundo turno não é ser petista, é possuir senso humanitário. Todas as pessoas lúcidas e decentes do país tem a obrigação de dar o seu apoio público para Haddad. Não se trata de uma questão partidária ou ideológica, mas de salvar o Brasil do desastre, de escolher a paz e não a violência, a democracia em vez do autoritarismo. O mal pode ser evitado, basta que cada um ponha a mão na consciência antes de votar.