segunda-feira, 26 de dezembro de 2011

As mortes de fim de ano

Depois de três dias sem postar textos nesse espaço, devido a uma impossibilidade temporária, retorno aludindo a um dos tantos aspectos que marcam os finais de ano, essa época já tão coberta de significados. Nesse período, sabe-se lá porquê, ocorrem muitas mortes de personalidades dos meios, artístico, cultural, político e esportivo. Nos últimos dias, tivemos a morte de nomes como Joãosinho Trinta, Sérgio Britto, Vaclav Havel. Hoje, fiquei sabendo da morte de Vicente, ex-zagueiro do Santos e do Grêmio, entre outros clubes. Para as pessoas da minha geração, certas mortes tocam muito de perto, por se tratar de nomes cuja trajetória profissional pudemos testemunhar. Foi o caso de Escurinho, ex-jogador do Inter, recentemente falecido, e é, também o de Vicente. Pude acompanhar sua carreira como jogador, com certa distância no Santos, com proximidade no Grêmio. Não era um craque, mas foi um bom zagueiro. Chegou no Grêmio já próximo do final de carreira, mas conseguiu dar a sua contribuição. Teve a chance, antes do Grêmio, de jogar no Santos, ainda com Pelé no time, e lá ficou por um bom período. Não foi um ídolo de multidões, mas jogou em grandes clubes, construiu uma carreira digna e, sobretudo, foi um homem de caráter. Partiu muito cedo, com apenas 62 anos, como mais uma vítima desse ceifador de vidas que é o câncer. Deixa em todos que tiveram a oportunidade de vê-lo jogar, a admiração e o reconhecimento por um profissional correto e um homem de boa conduta.