terça-feira, 8 de janeiro de 2013

A volta do Big Brother

Hoje, começará mais uma edição do "Big Brother Brasil", a 13ª. Por que me ocupo desse assunto? Não é para pedir, como fazem muitos nas redes sociais, para que o programa seja retirado do ar, nem incentivar pessoas para que participem de campanhas desse tipo. Considero que ninguém é obrigado a assistir o que não lhe agrada. Basta trocar de canal, ou desligar o televisor. Por sinal, é o que faço, já que não acompanhei nenhuma das 12 edições do programa até aqui. O que me intriga é o porquê de o "Big Brother" despertar tamanho interesse da audiência. Seu conteúdo é oco, nada dele se extrai. Várias pessoas ficam confinadas numa casa durante três meses, sem nada fazer de relevante ou interessante, num "jogo" bizarro em que o vencedor leva um prêmio de R$ 1,5 milhão. Claro, há a busca da celebrização instantânea, que rendeu ganhos para alguns. Grazielle Massafera, por exemplo, mesmo sem vencer a edição de que participou, tornou-se atriz da Rede Globo e casou-se com um dos seus galãs. O ganhador da edição em que ela participou, Jean Wyllis, homossexual assumido, elegeu-se deputado federal e é um defensor da causa gay no Congresso Nacional. Porém, ainda que ocorram exemplos como os citados, a maioria das "celebridades" reveladas pelo programa logo cai no esquecimento. Não consigo entender o que faz alguém querer espiar o que acontece dentro da tal casa. Toda vez que me dispus a ficar por alguns minutos observando o que acontecia na casa, nada constatei. A única sensação que o "Big Brother Brasil" me desperta é um enorme aborrecimento. Há os que espiam para ver o que "rola" sob os edredons, agindo como um voyeur televisivo, afinal sexo é algo que sempre mobiliza as pessoas. No entanto, mesmo esses momentos picantes não salvam o programa da sua vacuidade. Durante os próximos três meses, a casa do "Big Brother" vai magnetizar a atenção de milhões de pessoas em todo o Brasil. Sem que, racionalmente, se possa entender o porquê.