sábado, 17 de junho de 2023

Seleção diminuída

A cada novo amistoso da Seleção Brasileira, a imagem do que já foi um dos maiores símbolos do país fica mais desgastada. Hoje, no Estádio Cornellá-El Pratt, em Barcelona, a Seleção goleou Guiné por 4 x 1. Num estádio de médio porte, 40 mil lugares, havia grandes claros nas cadeiras. A Seleção de Guiné até possui jogadores em clubes da Europa, mas, na média, é fraca, o que ficou expresso no placar. O valor mais significativo do jogo foi o protesto contra o racismo, que fez a Seleção usar uma camisa preta no primeiro tempo. No segundo tempo, a Seleção voltou a utilizar sua tradicional camisa amarela, com um patch alusivo à campanha contra o racismo na altura do peito. Afora isso, pouco sobrou do jogo, até porque a Seleção sequer tem um técnico efetivado, vem sendo treinada por um interino, Ramón Menezes. Por sinal, há rumores de que, no próximo dia 30, o italiano Carlo Ancelotti será confirmado, mesmo, como o novo técnico da Seleção. Como Ancelotti cumprirá seu contrato com o Real Madrid até junho de 2024, a Seleção, que terá oito jogos nesse período, seria treinada por um interino, talvez indicado pelo próprio Ancelotti. Sendo assim, a maior dentre todas as seleções, que nunca precisou de técnicos estrangeiros para alcançar seus feitos, se sujeitaria a esperar por um deles, numa afronta à sua grandeza histórica. Cada vez mais, o que se vê é uma Seleçào diminuída, longe de seus dias de glórias, caminhando para o fundo do poço.