sexta-feira, 28 de setembro de 2018

Bolsonaro bateu no teto

As últimas pesquisas dos principais institutos mostram que o candidato a presidente pelo PSL, Jair Bolsonaro, estagnou nos índices de intenção de votos. Bolsonaro segue em primeiro lugar, mas Fernando Haddad, do PT, cresce a cada pesquisa e se aproxima de um empate. Tudo indica, portanto, que Bolsonaro bateu no teto, ou seja, chegou no limite do seu crescimento. Esse fato não chega a ser surpreendente. O eleitorado de direita, no Brasil, historicamente, se situa em torno de 30% do contingente total. Obviamente, na radicalização que se formou na política brasileira, Bolsonaro atraiu uma parte do eleitorado flutuante, que não apresenta fidelidade ideológica. No entanto, por sua inconstância, essa fatia do eleitorado é muito sensível a mudanças no panorama das campanhas. As constantes confusões envolvendo a chapa de Bolsonaro, com declarações desastradas do candidato a vice-presidente, general Hamilton Mourão, e do guru econômico, Paulo Guedes, geraram desgastes que comprometem um aumento das intenções de voto. Esse fator está longe de ser episódico ou reversível, pois denúncias sobre a conduta de Bolsonaro que estão sendo divulgadas pela imprensa corroem a imagem do candidato, que baseia grande parte do seu discurso na defesa da moral e dos "bons costumes". Nas projeções feitas para o segundo turno, Bolsonaro já perde para Haddad, Ciro Gomes (PDT), e Geraldo Alckmin  (PSDB). Os defensores de Bolsonaro continuam a atuar fortemente nas redes sociais, mas sua candidatura já dá sinais de esgotamento.