sexta-feira, 17 de setembro de 2021

Novas competições

O futebol, há tempos, tornou-se uma grande indústria, com aquisições de jogadores por valores astronômicos, e salários altíssimos. A avidez dos dirigentes em obter csda vez mais ganhos com o futebol, fez com que os calendários fossem inchados, com o surgimento de várias competições. Atualmente, o futebol não é mais, apenas, um espetáculo para os estádios. A televisão tornou-se fundamental para o sucesso financeiro do mais popular dos esportes, pagando fortunas pelos direitos de transmissão. Dessa forma, novas competições, com mais participantes, vão sendo criadas, e a Copa do Mundo poderá vir a ser realizada a cada dois anos. O problema é que tanta quantidade não combina com qualidade. O calendário apertado e a profusão de disputas não favorecem o aprimoramento técnico. A oferta de jogos nunca foi tào ampla, mas são poucos os que vale a pena assistir. Ontem, teve início a primeira edição da Conference League, a terceira competição de clubes ďa UEFA, que se soma as já antigas Champions League e Europa League. Porém, a Champions League já é desigual no que se refere ao nível técnico dos participantes, e a Europa League tem uma qualidade média baixa. Sendo assim, criar uma "terceira divisão" das copas continentais europeias, como e o caso da Conference League, não é uma ideia muito estimulante. Em relação ao encurtamento da periodicidade de realização das Copas do Mundo, ainda que não represente a criaçào de uma nova competição esportiva, agrava os já crônicos problemas de excesso de jogos, afora vulgarizar uma disputa que tem como um de seus atributos a distância larga entre as suas edições, o que aumenta o interesse do público. Para que o futebol recupere, ao menos em parte, o encantamento de outros tempos, é preciso que os dirigentes não o encarem como um fast-food, e percebam que é uma fina iguaria.