segunda-feira, 17 de julho de 2017

Exploração demagógica

O assunto da injúria racial ao goleiro Aranha, acontecida num jogo entre Grêmio e Santos, na Arena, pela Copa do Brasil de 2014, está se prestando a uma exploração demagógica. Como Aranha voltou a jogar na Arena, ontem, dessa vez pela Ponte Preta, o fato foi reativado, o que não deveria ter ocorrido. Está claro que Aranha não quer deixar o assunto morrer, e a cada vez que vem jogar contra o Grêmio, na Arena, aproveita para se colocar na condição de vítima de uma perseguição de cunho racista. Parte da imprensa, ávida por fatos que possam proporcionar manchetes, embarca na proposta de Aranha, e gera repercussão em cima de uma situação que já deveria ter sido superada. O "desabafo" de Aranha, após o jogo de ontem, dizendo que não olha para as arquibancadas porque as pessoas ali presentes estão carregadas de ódio, e sua generalização de que "no sul do país é assim", foi uma ode ao vitimismo. O fato de 2014 foi julgado e produziu uma condenação, injusta, por sinal, ao Grêmio. O clube assimilou a injustiça sofrida, e seguiu com sua vida. Aranha deveria fazer o mesmo, e não reacender as discussões em torno do ocorrido há três anos.