domingo, 27 de março de 2011

Substituição de conselheiros

O Tribunal de Contas do Rio Grande do Sul terá de trocar três de seus sete conselheiros em 2011. A escolha do sete integrantes do orgão é feita com quatro indicações do Poder Legislativo, uma de livre escolha do Poder Executivo, e dois funcionários do quadro da instituição. As substituiçoes que terão de ser feitas esse ano seriam uma ótima oportunidade para alterar esse sistema de indicações. O Tribunal de Contas deve ser um orgão técnico e, por isso, não faz sentido a maioria de seus integrantes serem ex-deputados estaduais que ganham o cargo como uma espécie de prêmio ao final de sua carreira parlamentar, gozando das benesses de uma função vitalícia com aposentadoria integral. Já está mais do que na hora de eliminar as indicações políticas para quaisquer que sejam os tribunais. Tribunais são orgãos que precisam agir com independência, não podem estar atrelados a interesses dos poderes Executivo e Legislativo. Está nas mãos do governador Tarso Genro a oportunidade ímpar de alterar esse procedimento. Os conselheiros do Tribunal de Contas deveriam ser, todos eles, oriundos dos quadros da instituição. Mover esforços para que isso se torne realidade é apenas uma questão de vontade política por parte do governador. Claro que qualquer ação nesse sentido contrariaria muitos interesses, mas é justamente nessas horas que se distingue o estadista do governante comum. O primeiro opta pelo interesse maior da sociedade, o segundo pelas conveniências do jogo político. Seria uma oportunidade, também, para o Rio Grande do Sul, sempre tão orgulhoso de seus feitos, dar um belo exemplo a ser seguido em todo o Brasil.

Realidades distintas

No que diz respeito ao Campeonato Gaúcho, Grêmio e Inter, como ficou claro na rodada do final de semana, vivem realidades distintas. Enquanto o Inter, no sábado, empatou em casa, por 0 x 0, com o modesto São Luiz, de Ijuí, o Grêmio, fora de casa, venceu o Pelotas por 3 x 1. O resultado do Inter ainda tem o agravante do adversário ter jogado, desde os 40 minutos do primeiro tempo, com um homem a menos, devido a uma expulsão. O Grêmio, além de ter ganho o primeiro turno, já obteve a maior soma na contagem geral de pontos na competição, o que lhe garantiria fazer em casa o segundo jogo de uma hipotética decisão de campeonato. Além disso, com a campanha que vem realizando, é possível, ainda, que o Grêmio também vença o segundo turno, o que lhe daria o título do Gauchão sem a necessidade de uma decisão. Em relação ao Inter, parece claro que o técnico Celso Roth e os jogadores não conseguem se motivar para as partidas do Campeonato Gaúcho. Por mais equívocos de escalações e de esquemas que o técnico possa cometer, com o grupo de jogadores de que dispõe, o Inter teria de vencer o São Luiz no Beira-Rio. Os contínuos insucessos no Gauchão demonstram claramente que o problema maior do Inter é anímico. O técnico e os jogadores não esperavam ter de assumir a disputa do Gauchão, que estava reservada para o extinto time B, e, agora, não conseguem encontrar a mobilização necessária para jogar a competição. Resta saber se a torcida e a diretoria terão paciência para lidar com essa situação. Afinal, futebol é resultado, seja qual for a competição em disputa.