quarta-feira, 6 de abril de 2016

Goleada antes da viagem

Havia um certo temor entre os torcedores do Grêmio de que pudesse se repetir, hoje, o que acontecera da última vez que o clube entrou em campo pelo Campeonato Gaúcho horas antes de uma viagem para jogar pela Libertadores. Na ocasião, o Grêmio, em plena Arena, perdeu para o São José, por 2 x 0, poucas horas antes de embarcar para o México, onde estreou na Libertadores com derrota para o Toluca. Hoje, na mesma circunstância, o Grêmio tinha de jogar contra o Brasil de Pelotas, pelas quhartas de final do campeonato estadual, com o agravante de ser uma partida eliminatória. Até o árbitro, Leandro Vuaden, era o mesmo do jogo contra o São José. Porém, para alívio da torcida do Grêmio, a história não se repetiu. O Grêmio abriu o placar logo aos dois minutos do primeiro tempo, com um gol de Geromel. Depois, caiu de produção, permitindo que o Brasil de Pelotas crescesse no jogo, mas, mesmo assim, ampliou sua vantagem, com um gol de Bobô. Aos seis minutos do segundo tempo, o Brasil descontou, com um gol de Brock, mas o Grêmio não permitiu uma reação do adversário, e fez mais dois gols, estabelecendo uma goleada de 4 x 1. A goleada antes da viagem para o jogo contra a LDU, em Quito, classificou o Grêmio para as semifinais da competição, e, certamente, aumentou a autoconfiança do grupo de jogadores para a difícil partida contra a LDU. Sem priorizar nenhuma disputa, o Grêmio segue em duas competições paralelas, e com boas chances em ambas. Ainda que tenha mostrado um bom futebol em raras ocasiões, o Grêmio permanece vivo nas duas, e dá ao seu torcedor a perspectiva de conquistar ao menos um titulo em 2016, o que poria fim a um jejum torturante.

A manutenção de Dunga

A CBF decidiu, ontem, que Dunga continuará sendo o técnico da Seleção Brasileira, pelo menos até o final da Copa América Centenária, que acontecerá no meio do ano, nos Estados Unidos. Se não for bem nessa competição, Dunga poderá ser demitido. A manutenção de Dunga no cargo não faz nenhum sentido. A Seleção foi muito mal na Copa América, em 2015, e vem fracassando nas Eliminatórias da América do Sul para a Copa do Mundo de 2018, na Rússia, estando apenas em sexto lugar na classificação. Dunga já deu mostras de que seu trabalho não está rendendo bons frutos. Não há porque lhe conceder uma nova chance para tentar se firmar. A decisão de ontem fará apenas que se perca tempo antes da inevitável demissão de Dunga. Postergar uma medida tão necessária poderá fazer com que a Seleção, pela primeira vez em sua história, não obtenha a classificação para uma Copa do Mundo. Seria lamentável, e o pior é que pode, mesmo, acontecer.