sábado, 7 de novembro de 2015

Ausência de fair play

O Inter venceu a Ponte Preta por 1 x 0, hoje, no Beira-Rio, pelo Campeonato Brasileiro. Em muitos aspectos, o jogo foi uma repetição de outros tantos do Inter no Brasileirão, em seu estádio. O adversário jogando melhor e tendo mais chances de gol, a vitória pelo placar mínimo. Contra o Avaí, no primeiro turno, por exemplo, já havia sido assim. No seu mais recente jogo em casa, outro 1 x 0, sobre o modestíssimo Joinville. O que houve de novo dessa vez, então? A ausência de fair play por parte do Inter, que culminou na marcação do gol. A bola tinha sido chutada para fora de campo para o atendimento de um jogador da Ponte Preta que havia caído no gramado. Beneficiado pela cobrança de um lateral, cabia ao Inter, cumprindo com o princípio do fair play, devolver a bola para a Ponte Preta. Orientado por seu técnico, Argel Fucks, a não fazê-lo, o Inter prosseguiu com a posse da bola, e deu início ao lance que redundaria no gol. A Ponte Preta reclamou muito e um conflito se estabeleceu na zona mista, após o jogo. O episódio da falta de fair play evidencia dois fatos. O primeiro é de que o Inter, a exemplo do escorpião da fábula, apenas seguiu a sua natureza. Ao longo de sua história, o clube sempre gostou de ganhar "na marra". O segundo fato é o de que Argel Fucks não possui estatura para ser um técnico de ponta. Não bastasse o seu português sofrível, e seu jeito assumidamente bronco, Argel é do tipo que ainda acredita que a malandragem é importante para se alcançar a vitória, de que todos os expedientes são válidos para tentar obtê-la. O resultado manteve o Inter com esperanças de se classificar para a Libertadores, mas isso continua sendo improvável.