quinta-feira, 31 de março de 2016

A resistência ao golpe

O dia de hoje foi alvissareiro para os que defendem a manutenção da ordem democrática no país. Artistas e intelectuais estiveram no Palácio do Planalto para defender o mandato da presidente Dilma Rousseff diante da sórdida tentativa de golpe que vem sendo engendrada pelos setores conservadores da sociedade. Paralelamente, milhares de brasileiros saíram as ruas para defender o governo e a presidente Dilma, numa demonstração inequívoca de força dos que lutam pela democracia. No exterior, tambem ocorreram muitas manifestações em favor do governo, que foram ignoradas pela imprensa. Os efeitos pretensamente danosos da saída do PMDB do governo ainda não se fizeram sentir. Muitos ministros resistem em deixar seus cargos, e o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL ) já declarou que a decisão foi tomada de modo precipitado. A imprensa brasileira tenta difundir a ideia de que o impeachment é iminente. Não é verdade, e o tempo vai mostrar isso. A luta é ardua, mas o governo está longe de ser derrotado. A resistência ao golpe é um fato.

quarta-feira, 30 de março de 2016

Goleada

Uma facilidade inesperada. Assim foi o jogo em que o Grêmio goleou o Passo Fundo por 5 x 1, hoje, no Vermelhão da Serra, pelo Campeonato Gaúcho. A goleada começou a ser construída muito cedo e, ao final do primeiro tempo, o placar já estava em 4 x 0. Depois do intervalo, como seria natural, o Grêmio arrefeceu seu ritmo, mas, ainda assim, fez o quinto gol. Curiosamente, o gol de honra do Passo Fundo também foi marcado por um jogador do Grêmio, Henrique Almeida, que cabeceou contra suas próprias redes. Com o resultado, o Grêmio garantiu o primeiro lugar da fase classificatória. O Grêmio tem mais um jogo a realizar nessa fase, contra o Juventude, na Arena. Depois dele restarão cinco jogos para chegar ao título do campeonato estadual. Pela campanha que vem fazendo, já merece ser apontado como o favorito para obter a conquista.

terça-feira, 29 de março de 2016

Um empate que pode custar caro

O empate em 2 x 2 da Seleção Brasileira com o Paraguai, hoje, no Defensores del Chaco, pelas Eliminatórias da América do Sul para a Copa do Mundo de 2018, na Rússia, pode custar caro no futuro. O resultado foi imerecido, a Seleção fez uma péssima partida e chegou a estar perdendo por 2 x 0. Caso a derrota, que persistiu até os 45 minutos do segundo tempo, se confirmasse, o técnico da Seleção Brasileira, Dunga, provavelmente seria demitido. Com o empate, deverá ganhar uma sobrevida no cargo, retardando a necessária mudança de técnico, que, quando acontecer, poderá ser tarde demais, sem tempo de impedir que a Seleção, pela primeira vez em sua história, fique fora de uma Copa do Mundo. Dunga comprova, a cada jogo, sua total incapacidade para a função que exerce. Sua demissão é uma imposição do bom senso. Na realidade, o cargo de técnico da Seleção está acéfalo, pois Dunga o ocupa apenas formalmente. A Seleção, antes um orgulho para os brasileiros, hoje é motivo de constrangimento. O sexto lugar nas Eliminatórias, fora da zona de classificação para a Copa, é uma vergonha. A Seleção precisa ser resgatada na sua grandeza. Trocar o seu técnico, seria um excelente início para essa empreitada.

segunda-feira, 28 de março de 2016

Semana tensa

Os próximos dias deverão fazer dessa semana uma das mais trepidantes desde que a tentativa de golpe contra o governo federal se iniciou, há um ano. Será uma semana tensa. O rompimento do PMDB com o governo, que deverá ser anunciado amanhã, intensificará ainda mais a crise política do país. Caso venha a se confirmar, no entanto, a saída do PMDB do governo não significará a certeza da ocorrência do impeachment. O Supremo Tribunal Federal poderá dar uma nova conformação ao caso, dependendo das posturas e decisões que adotar. Afora isso, no dia 31, novas manifestações em favor do governo irão acontecer, e deverão levar às ruas um público bem maior do que no dia 18. Não há hipótese de um golpe tão sórdido se concretizar sem resistência. A semana promete fortes emoções, e algumas surpresas. O jogo está longe de ser definido. O que parece ser o fim de um processo é, apenas, o início de sua fase mais eletrizante.

domingo, 27 de março de 2016

Sem sustos

A goleada de 3 x 0 do Grêmio sobre o Lajeadense, hoje, na Arena, pelo Campeonato Gaúcho, não foi, apenas, um jogo de placar elástico. Foi uma partida em que o Grêmio venceu sem sustos, o que há tempos não acontecia. A exemplo do jogo anterior, contra o Ypiranga, no Colosso da Lagoa, o Grêmio criou muitas oportunidades de gol, e desperdiçou várias. Ao contrário daquela partida, no entanto, o adversário não ameaçou o Grêmio em nenhum momento, o que fez com que o resultado fosse obtido sem sobressaltos. Porém, em jogos por competições de maior nível e, principalmente, contra adversários de maior qualidade, a perda de tantos gols pode cobrar um preço muito alto. O Grêmio manteve-se em primeiro lugar na competição, e é muito provável que o mantenha até o final da fase classificatória. Com isso, garantirá o mando de campo para o jogo único das quartas de final e para a segunda partida nas semifinais e na decisão. Uma vantagem muito importante para quem está atrás de um título que não obtém desde 2010.

sábado, 26 de março de 2016

As falhas de Muriel

Era evidente que o Inter não iria continuar sem vencer indefinidamente. O jogo de hoje, contra o Novo Hamburgo, no Beira-Rio, pelo Campeonato Gaúcho, era extremamente propício para a retomada das vitórias. Como se esperava, o Inter venceu o jogo. O placar, 4 x 2, também não teria nada de anormal, não fosse pelo fato do goleiro do Inter, Muriel, ter falhado nos dois gols do Novo Hamburgo. As falhas de Muriel vem ocorrendo em todos jogos. Contra o Fluminense, ele tomou um gol pelo meio das pernas. Em dois jogos como substituto de seu irmão, Alisson, que está na Seleção Brasileira, Muriel sofreu quatro gols, e falhou em três
deles. Alisson irá embora no meio do ano, para jogar no Roma. O Inter terá que, forçosamente, contratar um novo goleiro. Afora essa constatação, o jogo de hoje pouco deixou de importante. Pelo resultado positivo, serviu para acalmar o torcedor, mas o futebol jogado pelo Inter continua precário. Se tiver alguma ambição em conquistar títulos em 2016, o Inter terá que acrescentar qualidade ao seu grupo de jogadores. 

sexta-feira, 25 de março de 2016

Dois tempos

O empate da Seleção Brasileira em 2 x 2 com o Uruguai, hoje, na Arena Pernambuco, pelas Eliminatórias da América do Sul para a Copa do Mundo de 2018, na Rússia, teve dois tempos muito distintos. No primeiro, a Seleção teve uma boa atuação, e abriu o placar logo aos 40 segundos de jogo. Ao fazer 2 x 0, a Seleção deu a impressão de que venceria com folga, mas isso não se confirmou. Ainda no primeiro tempo, o Uruguai descontou, e, a partir dai, a Seleção não mais se acertou. No início do segundo tempo, o Uruguai empatou, o que fez a Seleção desandar de vez. O Uruguai assumiu o domínio do jogo, e até merecia ter vencido. Sua poderosa dupla de ataque, formada, por Cavani e Suarez, afora ter marcado os dois gols da equipe, teve outras oportunidades para mandar a bola para as redes. Suarez, em especial, autor do gol de empate, não deu sossego á defesa da Seleção e teve chances de levar o Uruguai a obter uma virada. A defesa da Seleção, por sinal, mais uma vez, teve seu desempenho comprometido por uma péssima atuação de David Luiz. Depois de sua má trajetória na Copa do Mundo de 2014, é injustificável que continue a ser convocado, ainda mais na condição de titular. Sua atuação, hoje, foi comprometedora. Menos mal que, ao receber um cartão amarelo, David Luiz ficou fora do próximo jogo, contra o Paraguai, no Defensores del Chaco, na terça-feira. A Seleção continua sem deslanchar, e isso não se deve, somente, a entressafra de bons jogadores que ocorre, atualmente, no país. O problema principal é a ausência de um técnico qualificado para a gigantesca tarefa de treinar a mais vitoriosa de todas as seleções. A volta de Dunga ao cargo de técnico da Seleção, e sua continuidade na função, constitui-se num fato, rigorosamente, incompreensível.

quinta-feira, 24 de março de 2016

Cruyff

O mundo ainda sente o impacto da notícia da morte de um gênio do futebol, Johan Cruyff. São poucos os jogadores de futebol, ao longo da história, que merecem tal classificação. Cruyff, com certeza, é um deles. Disputou apenas uma Copa do Mundo, a de 1974, quando ja estava com 27 anos,  mas marcou sua presença de forma indelével. Era a maior expressão tecnica de uma seleção da Holanda notável e revolucionária, cheia de grandes jogadores, como Kroll, Neeskens, Rep e Resenbrink, entre outros. Cruyff pertence ao seleto grupo onde estão Pelé, o maior de todos, Maradona, Garrincha, Beckenbauer, Puskas. Um grupo que representa o que o futebol produziu de melhor ao longo do tempo. Soube ser digno, também, fora de campo, ao recusar-se em participar da Copa do Mundo de 1978, em protesto pela ditadura militar que vigorava na Argentina. Em clubes, também teve uma carreira fulgurante, no Ajax e no Barcelona, conquistando muitos titulos. No Ajax, ganhou três vezes a Copa dos Campeões da Europa, atual Champions League, e conquistou um título mundial. Também trabalhou como técnico. O futebol perdeu um dos seus gigantes. Fica a lembrança de uma carreira magnífica, e de um homem digno dentro e fora do campo.

quarta-feira, 23 de março de 2016

Eliminação

A situação do técnico do Inter, Argel Fucks, que já não era fácil, ficou ainda mais complicada com a eliminação na Copa Sul-Minas-Rio, ocorrida hoje. O Inter empatou em 2 x 2 com o Fluminense, no Mané Garrincha, mas perdeu por 3 x 2 Nos tiros livres da marca do pênalti, e despediu-se da competição. Ainda que não tenha sido consequência de uma derrota, a desclassificação do Inter é mais um dado negativo a fragilizar Argel Fucks no cargo. O empate de hoje foi o quarto consecutivo do Inter, o que, é claro, não é o que se espera do clube em termos de resultados. Agora, o Inter tem apenas o Campeonato Gaúcho para disputar, até que se inicie o Brasileirão. O clube já revelou que fará contratações. Porém, para o campeonato estadual isso não será possível, pois a inscrição de jogadores se encerrará amanhã. Dessa forma, com o atual técnico, ou um novo que venha a ser contratado, o Inter terá que se valer do grupo de jogadores que possui até o momento para buscar a conquista do hexacampeonato estadual. Um grupo que, por enquanto está em quinto lugar na competição. No entanto, nem tudo foi ruim para o Inter, hoje. Vitinho, que ainda não havia marcado gols em 2016, fez os dois do Inter no jogo, o que é um alento entre tantas más notícias. Por enquanto, resta esperar para ver se o Inter manterá tudo como está no departamento de futebol, ou se irá promover um "fato novo" em busca dos resultados positivos.

terça-feira, 22 de março de 2016

A fala de Obama

Em sua, sem nenhuma dúvida, histórica visita a Cuba, o presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, mostrou, mais uma vez, que o mandonismo está impregnado nas entranhas dos americanos. Numa entrevista concedida enquanto assistia a um jogo de beisebol, Obama falou do seu desejo de uma maior penetração, em Cuba, das ideias e do modo de ser dos americanos, de maneira a que se tornassem preponderantes naquele país. A fala de Obama revela, sem disfarces, a visão imperialista dos Estados Unidos em relação ao resto do mundo. Porque Cuba, ou qualquer outro país, deveria absorver o modo de ser e de agir dos americanos? Porque as características próprias de cada pais e de seu povo deveriam ser abandonadas em favor do "american way of life"? Obama é um presidente histórico, quanto mais não seja porque é o primeiro negro a ocupar o cargo num país que, até hoje, sofre com o problema do racismo. Sua visita a Cuba também é um fato de enorme relevância. Porém, a declaração que deu durante a entrevista revela que, como todo o americano, Obama age igual ao escorpião da fábula, que crava o seu ferrão porque essa é a sua natureza.

segunda-feira, 21 de março de 2016

A responsabilidade dos técnicos

O mau momento técnico de dois grandes clubes brasileiros, Palmeiras e Inter, reabre a questão de até onde vai a responsabilidade dos técnicos sobre a produção de um time. Sabidamente, quando os times entram numa sequência de maus resultados, o técnico é o escolhido para ser sacrificado. Porém, muitas vezes, o técnico não dispõe de um grupo de jogadores que possa corresponder às ambições do clube. No caso do Palmeiras, que perdeu os dois jogos que disputou com o seu novo técnico, Cuca, muitos podem se ver tentados a desagravar  o treinador demitido, Marcelo Oliveira. Afinal, a pouca qualidade do grupo de jogadores não lhe permitiria fazer um trabalho melhor. O mesmo raciocínio justificaria a fraca campanha de Argel Fucks no Inter. Não é bem assim. Palmeiras e Inter possuem grupos de jogadores que estão abaixo das suas necessidades, mas isso não absolve o demitido Marcelo Oliveira, nem o ainda empregado Argel Fucks. Se é verdade que Palmeiras e Inter não dispõem de grandes times, no momento, seus técnicos teriam ser capazes de realizar campanhas melhores. Nada justifica que o Inter esteja em quinto lugar no Campeonato Gaúcho. O Palmeiras, durante todo o tempo em que foi treinado por Marcelo Oliveira, jamais mostrou um time com padrão de jogo e um bom trabalho tático. O mesmo acontece com o Inter. A precariedade do grupo de jogadores não pode servir de desculpa, pois clubes de orçamentos bem menores e jogadores muito mais modestos tem conseguido fazer campanhas melhores. Marcelo Oliveira não foi vítima de uma injustiça ao ser dispensado. Argel Fucks, caso venha a perder o emprego, também não estará sofrendo nenhuma injustica. O desempenho do Inter em campo tem sido pífio. Um técnico tem de ser capaz, mesmo dispondo de jogadores com qualidade menor do que ele desejaria, de armar um time bem treinado e competitivo. Marcelo Oliveira não conseguiu isso no Palmeiras, e o mesmo está acontecendo com Argel Fucks. A responsabilidade deles sobre o mau desempenho de seus times não é exclusiva, mas é muito grande.  

domingo, 20 de março de 2016

Mau futebol

Pior que o resultado em si, um empate em 0 x 0, foi o desempenho tanto do Inter quanto do Lajeadense, hoje, na Arena Alviazul. O mau futebol foi a tônica do jogo em todo o seu desenrolar. As chances de gol foram poucas, a emoção, praticamente, esteve ausente do jogo.  O resultado não foi bom para nenhum dos lados, pois o Inter permaneceu em quinto lugar no Campeonato Gaúcho, e o Lajeadense está na zona de rebaixamento. A campanha do Inter preocupa, e mostra que a realização de mudanças é imprescindível. O Inter não está conseguindo se impor diante dos clubes do interior. Se não faz boa campanha numa competição de nível tão modesto como o campeonato estadual, o Inter não terá a menor chance de obter êxito em disputas de maior exigência. A contratação de reforços é imperiosa. O técnico do Inter, Argel Fucks, no entanto, corre o risco de não ter tempo de trabalhar com possíveis novas contratações. Se o Inter continuar sem vencer, e acumulando más atuações, Argel não terá vida longa no clube.

Liderança

O Campeonato Gaúcho tem um novo líder. O Grêmio venceu por 2 x 1 o Ypiranga, no Colosso da Lagoa e, beneficiado por tropeços de São José e Juventude, assumiu a liderança na classificação. Mesmo com a ausência de vários titulares, o Grêmio teve muito boa atuação, empilhando chances de gol durante todo o jogo. Lincoln foi o melhor jogador em campo,  e sua sequência de partidas em alto nível tornará obrigatório que obtenha a condição de titular. Por sinal, o gol de Lincoln, o segundo do Grêmio, foi o grande destaque positivo do jogo, um golaço. O destaque negativo fica por conta do grande número de chances de gol desperdiçadas pelo Grêmio. Num jogo em que já poderia ter terminado o primeiro tempo aplicando uma goleada, o Grêmio permitiu que o Ypiranga descontasse, e correu riscos até o final da partida. Esse comportamento não pode se repetir, pois, em jogos de maior envergadura, poderá ter consequências indesejáveis.

sábado, 19 de março de 2016

A volta da Fórmula 1

Na madrugada de sábado para domingo, será realizado o Grande Prêmio da Austrália, marcando o início do Campeonato Mundial de Fórmula 1 de 2016. A volta da Fórmula 1 traz algumas novidades, como uma disputa mais emocionante na definição do grid de largada. A verdade é que a principal categoria do automobilismo mundial está precisando de uma sacudida. A supremacia absoluta da equipe Mercedes, e de seu principal piloto, Lewis Hamilton, tem tornado a Fórmula 1 um tanto tediosa. Para os brasileiros, particularmente, a categoria vem perdendo em interesse, pois Felipe Massa não chegou ao nível que se esperava, e Felipe Nasr ainda é uma promessa. Vale a pena, no entanto, conferir mais um campeonato de Fórmula 1. Mesmo com altos e baixos, sempre será um espetáculo interessante.

sexta-feira, 18 de março de 2016

Um jogo de cartas marcadas

O golpe espúrio que está sendo perpetrado contra um governo legitimamente eleito torna-se, cada vez mais, sórdido, e evidencia ser um jogo de cartas  marcadas. Depois de uma guerra de liminares que, alternadamente, vetavam ou autorizavam a posse do ex-presidente Luís Inácio Lula da Silva como ministro-chefe da Casa Civil do governo de Dilma Rousseff, eis que entra em cena o nefando Gilmar Mendes, ministro do Supremo Tribunal Federal. Notório opositor do PT, único ministro da atual composição do STF a ter sido indicado pelo ex-presidente Fernando Henrique Cardoso  Mendes manteve o veto á posse de Lula e determinou que seu julgamento continue nas mãos do juiz Sérgio Moro. O Brasil vive um momento político de total aberração. As conquistas democráticas duramente obtidas estão sendo pisoteadas. Tudo em nome de setores ressentidos da sociedade, que não aceitaram a derrota que sofreram nas urnas. Gilmar Mendes, para quem não lembra, foi o responsável pela extinção da obrigatoriedade de diploma de curso superior para o exercício da profissão de jornalista, uma velha aspiração dos proprietários dos meios de comunicação. Em sua justificativa para a decisão, comparou o ofício de jornalista com o de cozinheiro. Foi Mendes, também, que defendeu ardorosamente os interesses do empresário Daniel Dantas no STF. Nas mãos desse calhorda estão os mais altos interesses do país. Pobre Brasil!

quinta-feira, 17 de março de 2016

Um país em combustão

Ainda não se chegou ao estágio da chamada convulsão social, mas a irresponsabilidade dos promotores da tentativa de golpe já fez com que o Brasil seja um país em combustão. O enfrentamento entre os defensores do governo e da democracia e os arautos do golpismo e do atraso tende a se acirrar cada vez mais, podendo levar a um confronto sangrento.  Os contornos do golpe tornam-se cada vez mais nítidos, mas o fato está longe de se consumar. O Brasil não pode pagar o preço de tamanho retrocesso. As ilegalidades e arbitrariedades praticadas pelos condutores da Operação Lava-Jato não podem persistir. Os incentivadores do golpe já se juĺgam vitoriosos. Não deveriam. O jogo está só começando, e a democracia há de sair vitoriosa.

quarta-feira, 16 de março de 2016

A asquerosa articulação do golpe

O que se viu hoje, no Brasil, foi um ato explícito e espúrio de ataque á democracia. O vazamento de ligações telefônicas grampeadas do ex-presidente Luís Inácio Lula da Silva, determinado pelo juiz Sérgio Moro, foi um ato torpe de vingança que, a partir da manipulação e distorção dos fatos, perpetrada pela imprensa, ameaça jogar o país num clima de convulsão. A asquerosa articulação do golpe contra um governo legitimamente eleito torna-se mais descarada a cada dia. Nada há no conteúdo das gravações que justifique o alarde feito pela imprensa em torno do fato. Setores reacionários da sociedade, e desavisados que não possuem senso crítico para perceber as intenções malignas da imprensa, saem para as ruas pedindo o impeachment da presidente Dilma Rousseff, uma proposta vil que, caso fosse levada a efeito, geraria um retrocesso institucional no país de consequências incalculáveis. Está na hora do governo agir, não permitindo mais que o conluio entre Sérgio Moro e a grande imprensa continue a acua-lo. O vazamento foi um ato gravíssimo e injustificável. Sérgio Moro tem de responder, na Justiça, por sua atitude irresponsável. O Brasil não pode ficar refém dos arroubos de um juiz vaidoso e prepotente. Sérgio Moro é um falso ícone, um ídolo com pés de barro. Esta mais do que na hora de desmascara-lo.

terça-feira, 15 de março de 2016

Sorte

Em sua longa história, o Grêmio, muitas vezes, foi vitimado por terríveis infortúnios. Na noite de hoje, no entanto, foi brindado pela sorte. Num jogo fundamental para os seus objetivos, o Grêmio empatou em 1 x 1 com o San Lorenzo, no Nuevo Gasometro, pela Libertadores. Porém, o resultado esteve longe de ser merecido. O Grêmio saiu perdendo logo aos quatro minutos do primeiro tempo, devido a um pênalti grotesco cometido por Marcelo Oliveira. Após sofrer o gol, o Grêmio teve uma reação forte, em que criou três chances para empatar, mas ela não durou mais do que uns 15 minutos. Depois disso, o San Lorenzo tomou conta do jogo, situação que permaneceu até o final. O gol de empate, marcado por Lincoln, foi o único chute do Grêmio á meta adversária em todo o segundo tempo. Apenas Marcelo Grohe e Geromel atuaram bem. Os demais jogadores estiveram muito mal. Marcelo Grohe, aliás, foi um capitulo á parte. Ele fez, pelo menos, quatro defesas magníficas, que impediram a derrota do Grêmio. O empate manteve o Grêmio em segundo lugar no grupo, e com muito boas chances de classificação para as oitavas de final. Terá, todavia, de melhorar muitíssimo a qualidade do seu futebol. Afinal, nem sempre a sorte irá lhe acompanhar como ocorreu hoje.

segunda-feira, 14 de março de 2016

Aventura funesta

A tentativa de impeachment da presidente Dilma Rousseff, afora ser uma ação golpista, caracteriza uma aventura funesta. Caso Dilma fosse retirada do cargo, o Brasil seria governado pelo vice-presidente Michel Temer, ou, caso toda a chapa fosse impugnada, por um novo mandatário, eleito de forma direta ou, mais remotamente, indireta. Todas essas opções seriam terríveis para o país. Raposa felpuda da política, Temer é um homem de bastidores e de conchavos, não possui atributos para o exercício de um cargo executivo de tamanha magnitude. No caso de uma nova eleição, que levasse ao cargo um nome da oposição, ele estaria diante do desafio de buscar uma recuperação econômica imediata, o que, obviamente, não é possível. Sem qualquer consistência jurídica, a tentativa de impeachment, caso alcançasse o seu objetivo, lançaria o país numa expectativa de soluções mágicas que, inevitavelmente, redundaria em enorme frustração. Um governo não pode ser derrubado por um suposto mau desempenho. Não há nada melhor do que respeitar as regras democráticas, com os governantes cumprindo integralmente os seus mandatos . Só as urnas podem, e devem, escolher os governantes. O melhor para o Brasil é a presidente Dilma Rousseff chegar até o final do seu período de mandato. Os candidatos e partidos que desejam o cargo devem esperar o tempo certo para concorrer a ele, ou seja, em 2018.

domingo, 13 de março de 2016

Adjetivação

Os apoiadores da tentativa de golpe de direita que visa derrubar um governo legitimamente eleito costumam, entre tantos outros recursos, abusar da adjetivação. Primeiramente, tacharam o mensalão de "o maior escândalo da história do país". Posteriormente, transferiram a mesma classificação para o escândalo da Petrobrás. Agora, diante das manifestações em favor do golpe ocorridas no dia de hoje, em várias cidades do Brasil, consideraram que elas foram "as maiores da história do país ". Conforme alguns, a concentração de pessoas superou o movimento das Diretas Já.  Como a ação golpista é, basicamente, promovida pela mídia, essa grandiloquência retórica se impõe como verdade perante cidadãos ingênuos ou desavisados. No Rio de Janeiro, por exemplo, um milhão de pessoas teriam ido às ruas. Duvido muitíssimo desse número, mas vá lá que seja. O Rio de Janeiro, para quem não sabe, tem 7, 5, milhões de habitantes. Em Porto Alegre, 200 mil pessoas teriam participado da manifestação direitista. A cidade tem 1,450 milhão de habitantes. No total, calcula-se que cinco milhões de pessoas teriam saído às ruas, em todo o Brasil, para apoiar o golpe. Dilma Rousseff teve 54 milhões de votos nas eleições de 2014. Portanto, a "maior manifestação da história do país" é  de uma inexpressividade numérica evidente. Um fato que nem os adjetivos mais grandiloquentes conseguem desmentir.

Empate inesperado

Contrariando quase todas as expectativas, o Inter empatou em 1 x 1 com o São Paulo, de Rio Grande, no Beira-Rio, pelo Campeonato Gaúcho. Foi um empate inesperado ainda mais que o Inter fez 1 x 0 logo aos seis minutos do primeiro tempo. Com o decorrer do jogo, no entanto, o Inter foi desperdiçando as chances de gol que criava, e permitiu que o São Paulo igualasse o placar. Mesmo ainda dispondo de um tempo considerável para buscar o desempate, o Inter não conseguiu marcar outros gols, e amargou um resultado decepcionante. Por outro lado, para o São Paulo, o empate foi muito bom. Com ele, o São Paulo se manteve em quarto lugar na competição, uma posição acima do Inter. O técnico do Inter, Argel Fucks, em sua entrevista após o jogo, cobrou a contratação de reforços, pois sabe que, caso o time não engrene logo, será o primeiro a pagar por isso.

sábado, 12 de março de 2016

Dever cumprido

Depois de empatar os seus dois últimos jogos, ambos em casa, e um deles pela Libertadores, o Grêmio tinha a necessidade imperiosa de vencer o Cruzeiro, hoje, no Estádio do Vale, pelo Campeonato Gaúcho. O dever foi cumprido. O Grêmio venceu por 3 x 1, de virada, mesmo jogando com um time inteiramente reserva. Diante do lanterna absoluto da competição, o Grêmio não precisou ser brilhante para alcançar o seu objetivo. A fragilidade técnica do Cruzeiro fez com que não conseguisse sustentar nem por dois minutos a vantagem parcial de 1 x 0 no placar. A boa atuação de Lincoln evidenciou ainda mais o equívoco do técnico do Grêmio, Roger Machado, em não tê-lo relacionado para o banco de reservas no jogo contra o San Lorenzo, na quarta-feira. Lincoln foi decisivo para o resultado, cobrando a falta para a cabeçada de Bobô, no desempate, e marcando o gol de pênalti, que ele mesmo sofreu, para fazer 3 x 1. O Grêmio manteve-se em terceiro lugar na classificação, e, caso Juventude e São José empatem, amanhã, no Alfredo Jaconi, terá a possibilidade matemática de alcançar a liderança já na próxima rodada. Vencer sempre é bom, e o resultado de hoje servirá de estímulo para o dificílimo jogo que o Grêmio terá contra o San Lorenzo, terça-feira, no Nuevo Gasometro, pela Libertadores.

sexta-feira, 11 de março de 2016

A entrevista de Dilma

Em entrevista dada no início da tarde de hoje, a presidente Dilma Rousseff afastou completamente a hipótese de renunciar ao cargo. Dilma disse que o próprio pedido de renúncia é uma prova de que nada há que possa ser provado contra ela que a levasse a perder o cargo. Dilma também declarou que não é uma pessoa que se resigne com as situações. As declarações de Dilma vem em muito boa hora. O governo parecia acuado pela crise política. Ao declarar que não renunciará ao cargo, Dilma sai de uma posição de passividade diante das críticas. Sua atitude desestimula os que pretendiam lhe constranger. Dilma mostra que não vai se deixar acuar. A entrevista ainda é mais importante por ter sido dada na antevéspera das manifestações contra o governo marcadas para domingo. Os golpistas podem tirar o cavalo da chuva. O governo não irá cair por pressão de seus detratores. A fala de Dilma mostra que o governo não é refém dos seus opositores. A tentativa de golpe não irá prosperar.

quinta-feira, 10 de março de 2016

Sem mudanças

A cada ano, as esperanças da torcida do Grêmio de que o jejum de títulos chegará ao fim se renovam. Porém, recém iniciou-se o mês de março e já se percebe que não há mudanças. O Grêmio continua o mesmo, em 2016. Hoje, como o Fluminense venceu o Criciúma, o Grêmio foi eliminado da Copa Sul-Minas-Rio. Portanto, o ano nem bem começou e o Grêmio já foi alijado de uma competição. Restam, agora, no futuro mais imediato, o Campeonato Gaúcho e a Libertadores, sem que existam motivos para otimismo. No campeonato estadual, o Grêmio, com o maior público da história da Arena, não conseguiu sair de um empate em 0 x 0 com o Inter, no último domingo. Na Libertadores, o empate com o San Lorenzo, em casa, comprometeu muito as suas chances de classificação para as oitavas de final. A carência de títulos não dá sinais de que irá acabar. O sofrimento do torcedor gremista, tudo indica, não irá terminar tão cedo.

quarta-feira, 9 de março de 2016

George Martin

O meio musical perdeu, hoje, um de seus representantes mais notáveis. George Martin, que morreu aos 90 anos, ficou conhecido como o "quinto beatle" por seu trabalho como produtor do mítico grupo. Sua colaboração para o sucesso dos quatro garotos de Liverpool foi essencial. Após o fim dos Beatles, trabalhou com vários outros grandes nomes da música. Tornou a colaborar com Paul McCartney no excelente "Tug of War", disco da carreira solo do ex-beatle, de 1982. Foi agraciado com o título de "sir", uma grande honraria para um britânico. Seu nome ficará inscrito, para sempre, como um ícone da música.

Péssimo resultado

O empate em 1 x 1 do Grêmio com o San Lorenzo,h hoje, na Arena, pela Libertadores, foi um péssimo resultado. Vencer era essencial para o Grêmio, já que, praticamente, eliminaria o San Lorenzo da competição. Com o empate, o Grêmio terá de buscar os pontos perdidos, na terça-feira, fora de casa, contra o mesmo adversário. Será uma tarefa bem mais difícil. Nem mesmo a presença de 41 mil torcedores no estádio foi capaz de fazer o Grêmio ganhar o jogo. O Grêmio jogou mal, e, mesmo quando abriu o o placar, não fazia uma boa atuação. Ainda assim, poderia ter vencido, não fora mais uma chance de gol imperdível desperdiçada por Everton. Vários jogadores tiveram atuações de nível insatisfatório. O pior de todos foi Giuliano. A exemplo de outros jogos, ele não deu nenhuma contribuição efetiva para o time. Uma nulidade. Luan e Douglas estiveram muito apagados. Edinho se esforça muito, mas sua limitação técnica é constrangedora. A ausência de Bolanos, que na sua estreia já provará ser um acréscimo de qualidade para o time, pesou muito. A classificação do Grêmio para as oitavas de final ficou seriamente ameaçada, pois agora terá dois jogos, em sequência, fora de casa, e apenas mais um como mandante.

terça-feira, 8 de março de 2016

Postura asquerosa

As declarações concedidas ontem á imprensa pelo presidente do Inter, Vitório Piffero, ironizando e rebatendo as reclamações do Grêmio em relação ao lance criminoso em que William desferiu uma cotovelada que causou uma dupla fratura na face de Bolanos, caracterizam uma postura asquerosa, que se soma com o conteúdo da entrevista do vice-presidente de futebol, Carlos Pelegrini, dada ainda na Arena, no domingo. No caso de Piffero, é o ápice de um comportamento repetido ao longo dos anos. O presidente do Inter é um boquirroto, prepotente, inconsequente e irresponsável. Porém, dessa vez, ultrapassou todos os limites. Costumeiramente, Piffero faz declarações provocativas ao Grêmio, de forma compulsiva. Mesmo nas ocasiões mais inadequadas, não perde a chance de fustigar o seu maior rival. Piffero age assim porque sabe que tem as costas quentes, por estar respaldado por uma imprensa que defende docilmente os interesses de seu clube, e pelo fato de que a Federação Gaúcha de Futebol é um feudo do Inter. A fala de Piffero foi repugnante, vil, nojenta, torpe, ultrajante. Sua atitude em nada colabora para acalmar os ânimos entre os dois clubes, pelo contrário, só faz aumentar a indignação por parte do Grêmio, plenamente justificada. Só falta, agora, transformar-se a vítima em réu, culpando o Grêmio por ter externado uma revolta legítima pelo lance criminoso que irá lhe privar de sua maior contratação em 2016 por um período superior a um mês. O que aconteceu, domingo, na Arena, não pode ficar por isso mesmo. Há que se punir William, de forma exemplar, aplicando a suspensão máxima prevista na legislação esportiva. O presidente do Grêmio, Romildo Bolzan Júnior, adotou, desde a sua posse, uma conduta de inconformidade com o status quo do futebol do Rio Grande do Sul, em que o Inter, há décadas, manobra os bastidores de acordo com os seus interesses. Ao contrário de administrações anteriores do Grêmio, Romildo não pretende aceitar passivamente essa situação, o que já gerou reações contrárias na imprensa e no clube rival, comprovando o acerto de sua atitude. Não esmoreça, presidente Romildo, e prossiga na tarefa de lutar pela tão necessária faxina na infecta estrutura do futebol do Rio Grande do Sul.

segunda-feira, 7 de março de 2016

Atitude criminosa

O lance em que o atacante Bolanos, do Grêmio, foi atingido por uma cotovelada desferida pelo lateral direito William, do Inter, no Gre-Nal de ontem, na Arena, foi uma atitude criminosa, de extrema violência e covardia. Em consequência, Bolanos sofreu duas fraturas na mandíbula. Logo após o jogo, William, cinicamente, pediu desculpas a Bolanos, e alegou ter sido um lance normal de jogo. Não foi. Levantar os braços acima do ombro não é uma atitude normal, quanto mais não seja porque futebol não se joga com as mãos. Afora isso, William é reincidente específico, pois já cometeu agressões idênticas em outro Gre-Nal, no Beira-Rio, quando atingiu Pedro Rocha, e num jogo contra a Chapecoense, em Chapecó, pelo Campeonato Brasileiro de 2015. Portanto, William é um jogador desleal, não um inocente. O pior é que o imenso prejuízo do Grêmio com a perda, por um mês, da sua principal contratação de 2016, não terá nenhuma reparação. A péssima atuação de Anderson Daronco apenas legitimou o pedido do Grêmio para que o jogo tivesse um árbitro de fora. Daronco marcou falta de Bolanos no lance, e não expulsou William. Mais tarde, ignorou um pênalti claro, também de William sobre Bolanos. Há decadas o Grêmio vem sendo prejudicado pelas arbitragens no Campeonato Gaúcho. As justas reclamações do clube, no entanto, são desqualificados pela crônica esportiva, historicamente comprometida com a defesa dos interesses do Inter. Esse quadro, por sinal, é, particularmente revoltante. Tudo muda no mundo, aceleradamente. Só o que não se altera é a condição de feudo do Inter por parte da Federação Gaúcha de Futebol, e as arbitragens facciosas em favor do clube, sempre com a conivência da imprensa. O Grêmio não pode se encolher diante desse quadro. Mais do que nunca, o clube deve partir para o confronto com a Federação.  A grandeza do Grêmio assim o exige.

domingo, 6 de março de 2016

Mais uma chance desperdiçada

O Grêmio está há 15 anos sem um título de expressão, período no qual viu seu maior rival, o Inter, ganhar duas Libertadores e um Mundial de Clubes. Esse ciclo, no entanto, já poderia ter se encerrado, não fosse o fato de que o Grêmio tem falhado em situações decisivas. Os vice-campeonatos da Libertadores, em 2007, e do Campeonato Brasileiro, em 2008, são exemplos disso. Houvesse conquistado esses títulos, o Grêmio teria interrompido o seu jejum de taças de competições de grande expressão, e estabelecido uma outra relação na comparação com o Inter. Porém, o Grêmio tem, sistematicamente, deixado passar as oportunidades de impor grandes revezes ao seu maior adversário. Hoje, foi mais uma chance desperdiçada, nesse sentido. Num Gre-Nal que valia por duas competições, Campeonato Gaúcho e Copa Sul-Minas-Rio, a Arena teve batido o seu recorde de público, com mais de 48 mil pessoas no estádio. Se vencesse o jogo, o Grêmio abriria quatro pontos de vantagem sobre o Inter no campeonato estadual, e se classificaria para as semifinais da disputa interestadual. O resultado, no entanto, foi um empate de 0 x 0,  que manteve a diferença de um ponto sobre o Inter, no primeiro caso, e deixou o Grêmio, praticamente, eliminado, no segundo. O time escalado pelo Grêmio era o que ele dispunha de melhor, no momento, á exceção de um titular, e a torcida fez sua parte, estabelecendo o maior público da historia da Arena até aqui. Mais uma vez, contudo, o Grêmio não conseguiu se impor num momento decisivo, e ainda sofreu o prejuízo de perder, por lesão, a sua maior contratação de 2016, Bolanos, atingido deslealmente por William, do Inter, que não recebeu sequer um cartão amarelo. Diante de um adversário limitado e violento, que contou, novamente, com a complacência de um árbitro do Rio Grande do Sul, o Grêmio não conseguiu alcançar os objetivos a que se propunha na partida. Tem sido assim há 15 anos. Resta saber quando essa agonia irá acabar.

sábado, 5 de março de 2016

Antes tarde do que nunca

A Fifa e a International Board decidiram, hoje, testar a utilização de replays para dirimir dúvidas em lances polêmicos do futebol. A decisão ainda não é a ideal, pois não contempla os lances de impedimento, que tantas injustiças causam em resultados de jogos. Porém, já é um avanço. Antes tarde do que nunca. O futebol não podia continuar alheio aos avanços tecnológicos. Afinal, outros esportes já lançam mão deles há um bom tempo para esclarecer lances duvidosos. Os esportes despertam paixões e movimentam cifras milionárias no mundo inteiro. Assim sendo, os resultados de jogos e competições devem ser justos, e expressarem verdadeiramente o que ocorreu na disputa, sem erros que a desfigurem. A arbitragem é uma questão central do futebol, pois, historicamente, seus erros determinam resultados e desfiguram competições. Com a nova determinação, o futebol caminhará para uma maior lisura de campeonatos e torneios. Ao contrário do que sustentam alguns, o erro de arbitragem não faz parte do futebol. Não é algo que possa ser encarado como natural. Uma competição decidida por erros de arbitragem é fraudulenta. Demorou, mas a Fifa, finalmente, enxergou o óbvio, ou seja, os erros de arbitragem em lances capitais, no futebol, distorcem resultados e constroem vencedores ilegítimos, o que não é aceitável em se tratando do mais popular de todos os esportes.

sexta-feira, 4 de março de 2016

A nova face da tentativa de golpe

O Brasil amanheceu, hoje, sob o impacto da "condução coercitiva" que levou o ex-presidente Luís Inácio Lula da Silva a ter de prestar depoimento à Polícia Federal. A palavra "coercitiva" já diz tudo sobre a natureza arbitrária dessa ação. Cada vez fica mais clara a intenção golpista por trás da Operação Lava-Jato que, revestida de um verniz moralizador, é tão somente uma estratégia golpista de setores da sociedade brasileira que não conseguem chegar ao poder pelas urnas. O que houve, hoje, portanto, foi, apenas, a nova face da tentativa de golpe que vem sendo urdida por esses setores, com o apoio entusiasmado da imprensa conservadora. O Brasil precisa reagir contra essa ação espúria que procura interromper um processo democrático contínuo que já dura 31 anos no país. Lula jamais se negou a dar qualquer depoimento, logo não havia razão para obriga-lo a fazer isso de forma coercitiva. O que se quer com ações como essa é forçar o impeachment da presidente Dilma Rousseff e promover a destruição da imagem pública do ex-presidente Lula, para impedi-lo de concorrer novamente ao cargo em 2018. As forças democráticas do país tem de resistir. Não ao golpe! Não ao retrocesso! O Brasil sobreviverá a tudo isso, cumprindo a Constituição, e com seu governo, legitimamente eleito, cumprindo integralmente o seu mandato.

quinta-feira, 3 de março de 2016

Show histórico

O título acima é um lugar comum, em se tratando da apresentação dos Rolling Stones, ontem, em Porto Alegre. Porém, não há definição melhor. Foi, mesmo, um show histórico. Um grupo mítico, com 54 anos de carreira, fez sua primeira, e, provavelmente, última apresentação na cidade. Era, portanto, um espetáculo imperdível para os fãs do rock. Um acontecimento que valeu cada centavo pago pelos ingressos, cujos preços eram elevados. Nem mesmo a chuva, que caiu de forma intensa desde o início do show, foi capaz de arrefecer, minimamente,  o ânimo do público. No palco, Mick Jagger, aos 73 anos, mostrava uma incrível disposição e vitalidade. Os integrantes dos Rolling Stones são homens com mais de 70 anos, mas ainda são capazes de proporcionar ao público um show empolgante e inesquecível. As pessoas que compareceram ao espetáculo sabem que ele não deverá se repetir em Porto Alegre, o que lhe dá a condição de histórico. Os que lá estiveram levarão essa lembrança para toda a vida.

quarta-feira, 2 de março de 2016

Melhor do que a encomenda

A goleada de 4 x 0 do Grêmio sobre a LDU, hoje, na Arena, pela Libertadores, superou as expectativas dos torcedores mais otimistas. Foi o que se pode chamar de um resultado melhor do que a encomenda. O Grêmio não deu chance para a LDU. Abriu o placar cedo, chegou ao segundo gol ainda no primeiro tempo, foi beneficiado por uma expulsão que deixou a LDU com um jogador a menos, e marcou mais vezes no segundo. Afora isso, no aspecto individual, Bolanos teve uma excelente estreia, e marcou um gol. Os autores dos outros gols também estiveram numa noite de afirmação. Maicon recuperou-se da má atuação contra o Glória, Henrique Almeida fez seu segundo gol em dois jogos, e Everton, sacado do time para a entrada de Bolanos,  reafirmou o seu valor. O empate do San Lorenzo, em casa, contra o Toluca, por 1 x 1, foi outro fato benéfico para o Grêmio. A goleada de hoje irá tranquilizar o ambiente, e fortalecer o Grêmio para os dois grandes desafios que terá pela frente, na Arena, o Gre-Nal  e o San Lorenzo. São três jogos de extrema dificuldade, em sequência, mas o Grêmio já passou pelo primeiro teste com brilhantismo. A confiança no time foi restituída, e o torcedor volta a ter esperança de que os títulos que o Grêmio não alcança há tanto tempo, possam, finalmente, serem conquistados.

terça-feira, 1 de março de 2016

Super quarta-feira

O dia de amanhã, em Porto Alegre, pode ser definido como uma super quarta-feira. Na mesma noite, a cidade terá dois acontecimentos simultâneos para grandes públicos. No Beira-Rio, os Rolling Stones estarão se apresentando pela primeira vez na cidade. Cerca de 50 mil pessoas deverão assistir ao show do mítico grupo, que tem incríveis 54 anos de carreira. Será a oportunidade de assistir, ao vivo, a interpretação de clássicos como "Satisfaction", "Brown Sugar", "Start me Up", "It's Only Rock'nroll", "Jumpin Jack Flash", entre outros. Sem dúvida, será um acontecimento histórico. Ao mesmo tempo, na Arena, o Grêmio jogará contra a LDU, pela Libertadores, partida que deverá ter um público de aproximadamente 40 mil pessoas. A noite de amanhã, em Porto Alegre, não será esquecida. Os maiores desafios diante da concomitância de dois espetáculos com grande público serão o trânsito, que deverá estar muito congestionado, e a escalada de violência que vem se verificando na cidade. Tomara que esses problemas sejam devidamente contornados, e que Porto Alegre possa fruir cada momento dos seus dois grandes acontecimentos.