sábado, 14 de janeiro de 2023

Minimização

Menos de uma semana depois dos atos terroristas de Brasília, já há quem, dentro ou fora da imprensa, busque diminuir a extrema gravidade da situação. Nessa tentativa de minimização, argumentam que as punições devidas estão sendo feitaa, mas que a vida precisa seguir e o "mais importante" é a definição da agenda econômica do novo governo. Obviamente, tais pessoas ecoam as preocupações do "mercado" com os rumos económicos que o país irá tomar. Fingem nào compreender que, por mais que tenha buscado um arco de alianças para obter a tão falada governabilidade, o governo do presidente Luíz Inácio Lula da Silva tem uma inspiração de esquerda. Logo, medidas como, por exemplo, privatizações, são impensáveis num governo de orientação esquerdista. Empresas estatais não são um sorvedouro de dinheiro e ninhos de corrupção, como gostam de propalar os neoliberais. São estratégicas, e constituem um património público, que não pode ser trocado por moedas podres, como aconteceu no governo Fernando Henrique Cardoso. Os ataques ao estado democrático de direito são, sim, prioritários no atual momento do país. A economia há de ser adequadamente tocada pelo governo, sem se deixar levar pelas pressões de quem teve seu projeto derrotado na eleição e insiste na ladainha neoliberal.