sexta-feira, 19 de julho de 2019

Uma profusão de asneiras

Não é novidade para ninguém a capacidade do presidente Jair Bolsonaro de dizer disparates. Bolsonaro é um bronco, com sérias falhas instrucionais e inculto. Hoje, no entanto, o ex-capitão se superou. Foi uma profusão de asneiras. Num único dia, revelou que quer mudar a sede da Agência Nacional de Cinema - Ancine do Rio de Janeiro para Brasília, e estabelecer um "filtro" nos filmes para defender "as famílias", disse que ninguém passa fome no Brasil, expressou sua vontade de eliminar a multa de 40% do saldo do FGTS nas demissões sem justa causa, reafirmando que é quase impossível ser patrão no Brasil e que os trabalhadores devem abrir mão de alguns direitos para poderem ter emprego, e declarou que dos governadores de "paraíbas" o pior é o do Maranhão. Nessas declarações, Bolsonaro mostra várias de suas repugnantes características. O falso moralismo de cunho religioso no ataque à Ancine, a insensibilidade social ao negar a fome no Brasil, a demofobia, na defesa dos patrões, o preconceito, ao definir nordestinos como "paraíbas", o ódio político contra o governador do Maranhão por ser do PC do B. Bolsonaro é execrável, repulsivo. O Brasil não resistirá a um mandato de Bolsonaro cumprido integralmente. Nada restará do país se isso acontecer. As forças que sustentam Bolsonaro são muito poderosas, mas podem ser derrotadas. Para isso, é preciso fazer o povo despertar da sua apatia e ir para as ruas. O impeachment de Bolsonaro é a única saída para o Brasil.